Alerta nuclear – radiação atinge o nível máximo no Japão
EQUIVALENTE A CHERNOBYL
Do blog ECOnsciência
Autoridades no Japão elevaram a gravidade da crise nuclear no país para o nível máximo nesta terça-feira, 12. O grau de alerta passou de 5 para 7 — que só havia sido usado anteriormente durante o desastre de Chernobyl, em 1986.
A decisão de aumentar o nível de ameaça foi tomada depois que a radiação chegou a 10.000 terabecquerels por hora na usina de Fukushima, por várias horas. A medição é compatível com a classificação da Escala Internacional de Eventos Nucleares que significa “grande acidente com amplas consequências”.
Até agora, o grau de gravidade da crise nuclear no Japão estava no nível cinco, o mesmo do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979.
A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, no Japão, indicou nesta terça-feira a possibilidade de os vazamentos de materiais radioativos na central superem os ocorridos na Ucrânia.
“O vazamento de radiação não foi completamente controlado e nossa preocupação é que a quantidade possa a longo prazo superar a de Chernobyl”, indicou uma fonte da Tepco
O Japão também decidiu ampliar a zona de evacuação em torno da usina nuclear afetada, por causa da preocupação com o vazamento radioativo.
A zona passará a incluir cinco comunidades fora do raio de 20 quilômetros estabelecido anteriormente, após novas informações sobre os níveis de radiação acumulada, que teriam ultrapassado os limites anuais em áreas 60 quilômetros a noroeste da usina e cerca de 40 quilômetros a sul-sudoeste do local.
No Leste do Japão, um novo tremor de magnitude 6,3 pôde ser sentido nesta terça-feira, o segundo em apenas dois dias. O Aeroporto Internacional de Narita fechou suas pistas temporariamente e os serviços de trem e metrô foram interrompidos, na capital, Tóquio.
Os tremores secundários acontecem um mês depois que um violento terremoto e um tsunami atingiram o país, deixando [oficialmente] quase 28 mil pessoas mortas ou desaparecidas.
Último Segundo, com imagens do protesto “No Más Fukushima” realizado na Espanha pelo grupo ambientalista Greenpeace.
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