Big Bang Big Boom: incrível animação com a técnica Stop Motion
Um jeito espetacular de contar como se formaram o Universo e a própria Terra, a história da vida e do ser humano neste planeta: o Big Bang Big Boom. Tudo à base de muita tinta, criatividade e longos meses de trabalho.
Esta é a proeza admirável do artista italiano Blu, um craque nas artes de rua, que realizou uma das animações stop motion mais incríveis já realizadas em todos os tempos.
Stop motion é uma técnica de animação que consiste basicamente em tirar várias fotos de objetos em diferentes posições ou ambientes em determinados intervalos de tempo. Depois é só juntar as imagens capturadas para dar a impressão de movimento.
Se uma boa animação em stop motion já demanda muito trabalho e tempo, imagine fazer uma pintura para cada quadro mostrado na animação…
Para se ter uma ideia, esse vídeo tem uma média de oito imagens por segundo. Ou seja, na maior parte das cenas, oito imagens foram pintadas em paredes, calçadas e muros, sempre com um cuidado para que, ao juntá-las, os espectadores tivessem a impressão de uma única imagem em movimento.
Isso significa 480 pinturas diferentes para cada minuto de evolução ilustrada inteiramente com arte. “Depois de meses de trabalho e centenas de baldes de tinta, a nova animação de pinturas de parede está pronta”, diz o artista em seu site oficial. (clique na imagem acima para ir até lá)
O vídeo conseguiu resumir bem a história da evolução das espécies na Terra em imagens e até faz uma previsão fatalista para o final dessa jornada.
Mas, afinal, quanto tempo foi necessário para produzir esse vídeo fantástico?
O raciocínio é o seguinte: o vídeo de Blu tem 10 minutos de duração, e cada segundo é formado por oito quadros. Isso significa que houve uma mudança de cena – uma pintura, um movimento ou ambos – a cada 1/8 de segundo.
Imagine que tenham sido necessários 15 minutos para a preparação do cenário do próximo quadro – uma hipótese conservadora, no mínimo, considerando o trabalho que deve ter dado pintar áreas tão grandes como a parte externa de um silo ou as encostas de um córrego.
Nesse ritmo, seriam necessárias duas horas de trabalho para produzir um segundo de vídeo (15 minutos x 8 quadros = 120 minutos). Como o vídeo de 10 minutos tem 600 segundos, a estimativa do tempo total de trabalho seria de 1.200 horas (600 segundos de vídeo x 2 horas de trabalho por segundo).
Suponha também que a equipe de Blu tenha ficado a postos apenas nos 20 dias úteis de cada mês, trabalhando seis horas por dia – um trabalho duro, mas que respeita o descanso semanal e a hora do almoço. Nesse ritmo, a turma levaria 200 dias, ou dez meses, para cumprir a tarefa.
O tempo real, contudo, pode ser até maior. Afinal, não seria possível trabalhar sob neve, chuva ou as baixas temperaturas do hemisfério Norte.
Ufa, temos aí um belo exemplo de vídeo que dificilmente terá um remake.
Remix com IDG Now:
Big Bang Big Boom, uma das animações em vídeo mais impressionantes da web
Dez meses em dez minutos: a odisseia do vídeo mais trabalhoso do mundo