Bolsonaro e Marcelo Tas chafurdam com ‘pérolas’ de Preta

Bolsonaro - Ku Klux Klan

QUEM SE MISTURA COM PORCOS, FARELO COME

O Chefe de Redação

De todo esse deprimente espetáculo protagonizado na última semana pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), fica a dúvida sobre o que teria passado pela cabeça de Preta Gil para formular a tal pergunta — provocativa, reconheça-se — que desencadeou toda a confusão sobre acusações de racismo e homofobia.

Afinal, ela cutucou gente e interesses muito barra-pesada: (1) um político extremista e truculento, (2) no programa CQC de Marcelo Tas, um radical conservador, e (3) num canal de TV como a Band, que admite em seus telejornais a presença (4) do âncora Boris Casoy, reconhecido como integrante, durante o regime militar, da organização clandestina de ultradireita CCC.

Jair Bolsonaro

Pior, justo na semana em que as viúvas da ditadura com toda a certeza estariam em júbilo pela passagem de mais um aniversário do golpe de 64. Apenas inocência da Preta Gil? Difícil acreditar. A impressão até agora é que ela riscou, deliberadamente e sem medir as consequências, o fósforo dentro deste verdadeiro barril de intolerância e ressentimentos.

Jair Bolsonaro - Mein Kampf

O único ponto positivo do furdunço até agora parece ser a oportunidade para que as entidades da sociedade civil organizada consigam levar à frente uma nova tentativa de livrar o Congresso desse ex-paraquedista e capitão — que um dia foi considerado indigno de vestir a farda do Exército e envergar as insígnias militares por ninguém menos que o próprio General Leônidas Pires Gonçalves, ex-ministro do governo Sarney.

Bolsonaro Ku Klux Klan

Pelos antecedentes em tantos casos da mesma natureza envolvendo a tenebrosa personagem, sabe-se de antemão o quanto será complicada a tarefa para desalojar este político, que foi reconduzido ao cargo de deputado federal por nada menos — acredite — que 120.624 brasileiros, sensibilizados por um discurso de conteúdo bastante radical durante a propaganda gratuita da última campanha eleitoral.

Viúvas do regime militar

Se tudo, enfim, der errado e o deputado Jair Bolsonaro sair mais uma vez vitorioso e sorridente à luz dos holofotes da velha mídia conservadora, restará a lição para que Preta Gil e outras celebridades tenham um pouco mais de responsabilidade e juízo antes de chafurdar em má companhia no primeiro lodaçal a que forem convidadas a entrar com os seus melhores colares.

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O Chefe de Redação

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