Começa a alta temporada anual de baixaria na TV com o BBB11
BIG BROTHER BRASIL
Globo apela para a nudez e a exploração barata da homossexualidade
Por Hans Misfeldt *
Antes de tudo, que fique claro: viva a democracia, o direito de todos de ir e vir previsto na Constituição e o respeito à liberdade de escolha e opinião. Por outro lado, que fique claro também o desserviço que a Rede Globo presta ao país no início de todo ano com seu Big Brother Brasil. É uma diversidade e pluralidade de dar inveja a qualquer programa de variedades ou reality show que quer reunir os mais diversos estilos de vida. Mas essa 11ª edição do Big Brother Brasil bate todos os recordes. Para muitos, um desfile de corpos exuberantes, mulheres “gostosas” e homens “sarados”.
Primeiro que a TV Globo deveria ser processada não pelo alto teor de baixaria que se tornou o BBB, mas sim, pelo fato que o programa passa a impressão de propaganda enganosa, já que aparentemente pré-seleciona os participantes. Logo, de nada valem as fichas cadastrais dos milhares de brasileiros que se inscrevem rezando por uma vaga no reality show. Pobre coitado aquele que perde tempo para se inscrever, produzir vídeo e foto e inocentemente envia sua inscrição para o programa.
Emissora envergonha o país
É estranho e pairam algumas dúvidas no ar: por que a Globo selecionaria pessoas que já posaram nuas, que já participaram de programas e concursos da emissora ou que já foi bailarina de cantor famoso? Será que a Rede Globo precisa apelar dessa maneira e fazer essas escolhas sensuais para lutar por audiência? Será que uma emissora do porte da Rede Globo, entre as cinco maiores redes de televisão do mundo, precisa baixar o nível como o Big Brother? Ao exibir essas pessoas de maneira irreverente, sem respeitar o telespectador que busca um programa de qualidade, a Rede Globo presta um desserviço à sociedade brasileira que, infelizmente, em sua maioria, acompanha e dá audiência a esse tipo inescrupuloso de programa.
Com tantos recursos que a emissora tem, a Rede Globo deixa a desejar. Uma empresa que construiu, ao longo de quase 50 anos, uma imagem com credibilidade e profissionalismo, hoje envergonha o país com um programa que, de “grande irmão” da sociedade, não tem nada.
* Hans Misfeldt é jornalista em São Paulo. A charge é de Gabriel Renner, para o Diário Gaúcho.