Descoberta estrela de diamante com o mesmo tamanho da Terra
UMA PEDRA PRECIOSA PERDIDA NO ESPAÇO
Há muito se especula sobre a existência de planetas formados por diamantes e até já foram encontrados vestígios de pedras preciosas de origem extraterrestre em amostras de asteroides e meteoritos.
A novidade agora é que os astrônomos acreditam ter encontrado evidências de corpos celestes inteiros formados a partir da cristalização octaédrica do carbono em seu estado puro.
O binário PSR J2222-0137 é formado por dois astros: uma estrela que seria um enorme diamante compacto do tamanho da Terra, na verdade a anã branca mais fria e de brilho mais fraco já detectada.
O outro par desse precioso casal cósmico é um pulsar, uma estrela de nêutrons que gira em altíssima velocidade – nada menos que de 30 vezes sobre o seu eixo… por segundo!
E é uma dupla antiga, que merece mesmo uma joia para comemorar suas bodas de algo em torno de 11 bilhões de anos – a mesma idade que se calcula para a nossa Via Láctea.
Como a anã branca é formada principalmente de carbono e oxigênio, e é tão fria, deduz-se que seu carbono deve ter cristalizado, formando um diamante do tamanho da Terra no espaço.
Aplicando a Teoria da Relatividade de Einstein, os astrônomos calcularam como a gravidade da “estrela de diamante” deforma o espaço, causando retardos no sinal de rádio emitido pelo pulsar conforme ele passa por trás dela.
Esses cálculos indicaram que o pulsar tem uma massa 1,2 vez maior que a do Sol, enquanto a estrela de diamante tem uma massa 1,05 vez maior do que a do Sol, condensada em um diâmetro similar ao da Terra, com uma temperatura centenas de vezes menor que a do Sol.
Anãs brancas são os estados finais extremamente densos de estrelas parecidas com o nosso Sol, que entraram em colapso para formar um objeto aproximadamente do tamanho da Terra.
Tudo indica que estrelas desse tipo sejam comuns no Universo, mas a distâncias tão grandes e com o brilho tão fraco que é muito difícil detectá-las com os telescópios disponíveis na atualidade.