Escola paulista condenada por associar cor negra ao diabo
GOVERNO ALCKMIN CONDENADO POR RACISMO
Numa escola pública do Estado de São Paulo, uma professora da 2ª série do ensino fundamental distribuiu material pedagógico para que os alunos fizessem um exercício de redação.
O trabalho tinha como título “Uma Família Diferente” e sugeria o desenvolvimento do seguinte tema:
“Era uma vez uma família que existia lá no céu. O pai era o sol, a mãe era a lua e os filhinhos eram as estrelas. Os avós eram os cometas e o irmão mais velho era o planeta terra. Um dia apareceu um demônio que era o buraco negro. O sol e as estrelinhas pegaram o buraco negro e bateram, bateram nele. O buraco negro foi embora e a família viveu feliz”.
O exercício de sala de aula mandava então o aluno criar um novo texto e inventar uma outra família, além de desenhar essa “família diferente”.
A aluna Bianca, de sete anos, entregou sua redação com o título “Uma Família Colorida”:
“Era uma vez uma família colorida. A mãe era a vermelha, o pai era o azul e os filhinhos eram o rosa. Havia um homem mau que era o preto. Um dia, o preto decidiu ir lá na casa colorida. Quando chegou lá, ele tentou roubar os rosinhas, mas aí apareceu o poderoso azul e chamou a família inteira para ajudar a bater no preto. O preto disse: – Não me batam, eu juro que nunca mais vou me atrever a colocar os pés aqui. Eu juro. E assim o azul soltou o preto e a família viveu feliz para sempre”.
Por disseminar o medo em sala de aula, afrontar o princípio constitucional de repúdio ao racismo, de eliminação da discriminação racial, além de ferir os princípios fundamentais da igualdade e da dignidade da pessoa humana, o governo do estado mais rico da Federação foi condenado a pagar indenização de R$ 54 mil a uma família negra por danos morais.
A 7ª Câmara de Direito Público entendeu o fato como “absolutamente grave” já que a escola deve ser um ambiente de pluralidade e não de intolerância racial. O governo Alckmin não recorreu da decisão.
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