PROTEÇÃO CONTRA A QUEDA DE METEOROS

Do blog ECOnsciência

Começou uma nova corrida espacial e, de novo, os russos (agora emergentes) largaram na frente.

Enquanto os EUA (agora decadentes) se preocupam em resolver os problemas do seu capitalismo capenga, o Centro de Proteção Planetária da Rússia meteu a mão na massa para desenvolver um sistema de defesa contra ameaças espaciais.

Depois do susto com o meteorito que explodiu sobre a região dos Urais, os cientistas imaginam que, no máximo em 7 anos, possam dispor de pelo menos alguns recursos eficientes dentro dos 24 cenários atuais disponíveis para socorrer a Terra.

Mas apenas isto não basta. Paralelamente a tecnologias, também é necessário preparar a população mundial para eventuais catástrofes.

SISTEMA DE PROTEÇÃO CIVIL

O conjunto único internacional de medidas de segurança contra meteoros inclui mais de duas dezenas de variantes de luta contra meteoros, cometas e outros objetos espaciais potencialmente perigosos.

Os pesquisadores russos analisam em primeiro lugar as situações em que é impossível detectar um corpo espacial com a ajuda de radares, como aconteceu no recente evento.

Deverá ser desenvolvido um sistema de proteção civil, para que as pessoas possam esconder-se antecipadamente em refúgios, abrigos e até em estações de metrô no caso de perigo.

Por outro lado, os especialistas pretendem lançar já nos próximos tempos satélites especiais para o espaço, que poderão rastrear objetos perigosos nas proximidades da Terra.

É preciso equipar aparelhos cósmicos com telescópios a bordo, já que é impossível descobrir tais objetos a partir da Terra, porque os astrônomos só veem o lado noturno do céu, enquanto um meteoro pode chegar também pelo lado do Sol.

O segundo passo consiste em estudar detalhadamente o objeto. Para isso, são necessários foguetes de reconhecimento, que seriam lançados pelas trajetórias mais curtas a fim de analisar suas características.

Com base nestes dados, aparelhos de interceptação deslocariam o objeto perigoso de sua trajetória, para evitar o impacto com a Terra — possivelmente, até destruindo completamente o intruso.

Cálculos científicos permitem proteger a Terra contra meteoros com um raio de 10 quilômetros, como foi no caso de Chelyabinsk, até o de centenas de quilômetros, ou seja contra a maioria de todos os meteoros que se encontrem perto da nossa órbita.

INTUIÇÃO AJUDA MAS NÃO BASTA

O sistema proposto pelos cientistas russos garantiria tal proteção. Contudo, é necessário também conceder especial atenção às regras de conduta da população no caso de ameaça espacial.

Em Chelyabinsk, por exemplo, uma professora de ensino primário do Liceu 37 deu provas de valentia e salvou 44 alunos das consequências da explosão do meteoro por cima da cidade.

Quando perceberam a potente fulguração de luz, as crianças correram para as janelas, mas Yulia Karbysheva intuitivamente ordenou que todas se escondessem debaixo de carteiras escolares.

Com o estilhaço das vidraças pela onda de impacto, a professora recebeu muitos ferimentos mas as crianças saíram ilesas. Com certeza, Yulia não imaginava tratar-se de um meteoro, mas soube exatamente como proceder nesta emergência.

Com a rádio Voz da Rússia