Gringos estão chegando para investir. Você sabe lidar com eles?
O QUE NÃO FAZER PARA GANHAR NEGÓCIOS
Por ter posto em prática soluções que não deixaram entrar aqui a crise que come solta lá fora, o Brasil se transformou numa espécie de novo eldorado para muitas empresas estrangeiras.
A velha mídia faz de tudo para não mostrar, mas por onde se passa já é comum topar com gringos – não apenas turistas – mas gente que veio de mala cheia para se estabelecer no País.
Com o maior grau de convivência entre os brasileiros e a turma de fora, a interculturalidade faz com que eles tenham que se adaptar rapidamente aos nossos estranhos hábitos e vice-versa.
Na hora de entrar em contato com essas empresas, seja para batalhar uma vaga de emprego ou para fechar algum negócio, você sabe como lidar adequadamente com a nova situação?
Veja a seguir algumas características que podem atrapalhar mais do que ajudar os relacionamentos naquela hora sensível de estabelecer vínculos comerciais ou parcerias para negócios:
1 – ESTICAR ASSUNTO NA HORA DE FALAR
Um dos principais empecilhos que muitos brasileiros enfrentam ao conversar profissionalmente com estrangeiros é o modo de falar – e isso não tem nada a ver com o idioma em si. Nós costumamos explicar muitas coisas antes de chegar ao ponto central de um diálogo – em outras palavras, o ideal é nada de enrolação, trololó e blá-blá-blá. Além de cansativo, demonstra falta de objetividade.
2 – DIZER SIM AO INVÉS DE NÃO OU TALVEZ
O brasileiro não gosta de magoar os outros ou parecer rude, sempre falando de modo devagar ou sem ser 100% franco. O estrangeiro não é assim, sem medo nenhum de dizer não quando necessário. O nosso sim às vezes quer dizer talvez, ao passo que o talvez pode também ser um não – o gringo, nesse ponto, é literal. Diante desse tipo de comportamento, o estrangeiro se sente confuso e frustrado por não conseguir interpretar esses comportamentos com exatidão – se é que há alguma.
3 – AMIGOS NO TRABALHO E NÃO COLEGAS
O colega de trabalho perfeito para um brasileiro que vive no exterior é alguém inspirador, motivador, amigável e sociável – muito mais do que um simples colega, ele é um amigo. Tendemos a focar nos relacionamentos de trabalho, sendo que primeiro se deve confiar e se dar bem com as pessoas para depois realizar as tarefas e gerar bons resultados.
Aqui no Brasil, é comum as pessoas perguntarem no trabalho sobre assuntos pessoais, mostrarem fotos para os colegas de familiares e filhos, além dos típicos contatos físicos (beijos e abraços que não são comuns em vários países). No exterior, principalmente Europa e EUA, é comum o seguinte lema: estamos aqui para fazer negócios e não para ser amigos.
4 – NEGÓCIOS IMEDIATOS DE TODOS OS GRAUS
O brasileiro tem a visão focada no curto prazo, quer fechar contratos logo e faz movimentos rápidos. Contudo, em outras culturas, isso não ocorre desse modo. Os orientais, por exemplo, não firmam negócios com quem não conhecem. Só que por outro lado, sabemos que é preciso improvisar no mercado brasileiro – os empresários daqui frequentemente possuem um plano B ou C para situações adversas.
5 – ABRINDO EXCEÇÕES PARA QUASE TUDO
Aqui no Brasil temos exceções para tudo, sejam situações que não precisam ser seguidas à risca ou normas que não são tão rígidas. Vendo por esse lado, somos caracterizados como indisciplinados, querendo dar o tristemente famoso jeitinho em situações que não podem ser contornadas. As exceções praticamente inexistem no mercado internacional, sendo que precisamos seguir o manual deles, sem utilizar nenhum atalho – ou sairemos bem feios na foto.
6 – PONTUALIDADE? BOBAGEM, PRA QUÊ?
Infelizmente, o brasileiro não costuma ser pontual. Reuniões começam depois do horário marcado, podem demorar mais do que o previsto ou ainda serem remarcadas na última hora. Atrasos são parte da rotina de muitas empresas no Brasil. Em alguns casos, isso é considerado flexibilidade, porém no geral nos atrasamos mesmo e ponto.
Nos países mais avançados, se atrasar equivale a um insulto. Isso sem levar em consideração quando equipes de várias nações trabalham juntas e você, o brasileiro, está de algum modo atrasado – seja no horário ou no prazo daquele relatório. Isso pode ser realmente danoso para a carreira de qualquer um e é algo que deve ser imediatamente adaptado assim que você passa a conviver com outras culturas.
Pauta sugerida pela querida Luciana Azevedo