Grupo de direitos humanos alerta contra os robôs assassinos
EXTERMINADOR DO FUTURO NO PRESENTE
Do blog ECOnsciência
Os piores pesadelos dos filmes de ficção científica poderão romper a qualquer momento as barreiras oníricas para se materializar e instalar o horror na nossa realidade.
Não, não se trata de nenhuma fantasia cibernética produzida nos estúdios cinematográficos de Hollywood. A ameaça é real e gente de carne osso já se mobiliza contra ela.
O risco é tão urgente que o grupo de direitos humanos Human Rights Watch está lançando uma campanha mundial para alertar sobre o perigo iminente dos “robôs assassinos”.
A ONG, baseada em Nova York, garante que as máquinas agiriam de forma truculenta e parecida com a T-800, personagem de Arnold Schwarzenegger no filme Exterminador do Futuro.
Elas estariam sendo desenvolvidas para “selecionar e atacar alvos de maneira autônoma, independentemente da intervenção humana”.
Diante do perigo que essas máquinas de matar representam, exige uma proibição antes que se elas tornem uma realidade irreversível.
O grupo diz que robô guerra é o próximo passo a partir dos drones (aviões não tripulados), e estará disponível no máximo dentro de uma década.
Mas a Human Rights Watch, que gasta milhões a cada ano aumentar a consciência sobre os direitos humanos, diz que o público em geral não está ciente do perigo.
Para isso, está tentando introduzir a campanha “Stop The Killer Robot” no parlamento britânico. Seus defensores incluem acadêmicos e prêmios Nobel da Paz laureados.
A ONG diz: “Armas totalmente autônomas ainda não existem, mas estão sendo desenvolvidas por vários países e seus precursores já foram implantados pela alta tecnologia militar”.
E prossegue: “Robôs assassinos são armas com plena autonomia, capazes de escolher e atirar em alvos sem qualquer intervenção humana”.
Uma conferência está sendo preparada com dois objetivos:
1º) Aumentar a conscientização da sociedade civil e a compreensão dos desafios representados pelas armas totalmente autônomas (robôs assassinos) e;
2º) Incentivar as iniciativas da sociedade civil para fazer campanha para a proibição de seu desenvolvimento, produção e utilização em combate contra “inimigos”.
O Dr. Noel Sharkey, especialista em robótica da Universidade de Sheffield, adverte que as armas automáticas não são regulamentadas e dão pouca atenção às implicações morais ou do direito internacional.
E lamenta: “Estas coisas não são mais apenas ficção científica. Elas já estão em desenvolvimento”.
Com The Sun
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