Sigma Hot Rod e Harley XR 1200X – modernos no estilo retrô
Do blog HotGaragem
Reza a lenda que os “hot rods” nasceram após a Segunda Guerra Mundial, sob um devaneio californiano de adaptar motores V8 muito potentes em calhambeques da década de 30.
Para reduzir peso e ganhar performance, valia tudo: tirar parachoque, paralama, lateral do cofre do motor e até o teto. O V8, claro, ganhava um veneno — daí o nome “biela quente”.
Agora, o sonho americano ganha vida num galpão em Santo André, São Paulo. O empresário Ricardo Rodrigues, 49, cansado de procurar peças para seus antigos Fordinhos, criou o seu próprio “hot rod”.
Em 2006, ele começou a projetar o chassi de alumínio com um maquinário ocioso da sua fábrica Sigma Sport Car.
Rodrigues já tinha uma carroceria de Chevy 33 que ganhou na troca por um dos antigos. Só precisou criar o molde para a fibra de vidro.
Depois encomendou peças da Stock Car, como discos de freio e diferencial autoblocante, amortecedores Fênix reguláveis e fibra de carbono para criar os pseudo-para-lamas.
Faltava o principal: o motor.
Primeiro, ele adaptou um Chevrolet V8 350 (5,7 litros) de um Camaro 69. Em seguida, importou um bloco novo com carburador Holley. Foi o suficiente para gerar algo em torno de 315 cv.
É a mesma receita americana da novíssima Harley-Davidson XR 1200X: mecânica moderna sob um design retrô. E mais: também montada no Brasil, em Manaus.
Pela primeira vez, a Harley, agora como montadora oficial no país, lança uma moto com um quê de esportividade japonesa.
Há suspensões reguláveis (a dianteira é invertida) da marca Showa, discos duplos da Nissin e rodas de alumínio de aros 17 e 18.
As pedaleiras são recuadas, tentando fazer uma “custom” virar uma “naked” (sem carenagem) urbana.
Só que, na cidade, o “hot” e a Harley pagam o preço.
PARECIDOS
“Quem quer um ‘hot rod’ quer uma cadeira elétrica”. No bom sentido, é claro, dizia Ricardo Rodrigues, o ‘pai’ do Sigma, ao se referir ao desempenho eletrizante do Chevy 33.
Não dá para exigir conforto de veículos que buscam desempenho sem parcimônia. Ou você acha que o ‘hot rod’ sem teto foi feito para uma carreata de posse do Lula?
A suspensão independente nas quatro rodas, com amortecedores horizontais e reguláveis na dianteira (Indy style), faria o ex-presidente pular como um manifestante em dia de comício.
A proposta é andar rápido em retas e curvas. Por isso o ‘hot’ está calçado com enormes pneus 305/25 R20 na traseira, que destracionam quando o motorista acelera fundo no pedal de alumínio.
O Sigma crava 100 km/h em 6,8s, pouco acima do Dodge Challenger SRT8 (425 cv). Para um ‘hot’ de 315 cv e apenas 1.000 kg, esperava-se uma arrancada melhor.
Rodrigues, porém, avisa: “Estudamos colocar um motor V8 maior ou mesmo um compressor. Aí a potência vai passar dos 500 cv”.
SUPERCHARGED
A Harley XR 1200X não sonha tão alto. E, se sonhasse, não saberíamos — a fábrica não informa a potência do motor V2 Evolution.
O torque de 11 kgfm já dá uma pista do grande salto em relação à versão de entrada, a 883 Sportster.
Na XR, a grande evolução está na suspensão. O garfo invertido e regulável torna a moto mais ágil.
Os pneus esportivos também ajudam a deixá-la menos Harley e mais Honda — que os americanos encarem como um elogio.
Para quem quer uma Harley que, enfim, contorna curvas com certa habilidade, o pacote da XR vale cada centavo. Ela sai por R$ 33 mil.
Já para a brincadeira com o ‘hot’ é preciso de R$ 180 mil. Com motor V8 de Camaro antigo, é mais divertido que o Camaro novo.
* Artigo de Fabiano Severo, publicado na FSP
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Boa tarde. Gostaria de saber o contato do senhor Rodrigues, endereço, numero de telefone, que me interesso ter um HOT… sonho de criança.
Olá, Anfredo. Anote aí as coordenadas para realizar o seu sonho:
Sigma Sport Car
Rua Atibaia, 920 – Santo André – SP – Tel: (11) 4422-8900
Você também pode entrar em contato através do site:
http://www.sigmasportcar.com.br/