Jornais do Brasil batem recorde mundial de manipulação sobre o clima
DESINFORMAÇÃO E PARCIALIDADE
Do blog ECOnsciência
Surpresa? Nenhuma. O povo brasileiro é o mais mal informado pela sua imprensa no tocante à polêmica ambiental, exatamente como acontece com a manipulação escancarada do noticiário político.
E isto fica ainda mais evidente comparado ao teor das notícias veiculadas pelos jornais conservadores dos EUA, Inglaterra, França, Índia, e até da ditatorial e hiper-censurada imprensa chinesa.
É o que revela um estudo elaborado pelo Institute of Physics da França e reproduzido no seu órgão Environmental Research Letters. O IOP estudou a atitude dos grandes jornais desses países durante dois períodos.
O primeiro foi em 2007, por ocasião da publicação do relatório sobre a evolução do clima pelo IPCC — Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU.
O segundo foi entre o fim de 2009 e início de 2010, durante o “climategate” que abalou a credibilidade do dito relatório e de muitos cientistas apóstolos do alarmismo climático.
No total, o IOP analisou perto de 3.300 artigos publicados pela imprensa mundial.
O resultado foi considerado inapelável pelo diário parisiense Le Monde, ele próprio caixa de ressonância do alarmismo climático e que também saiu muito mal na foto.
34% dos artigos publicados pelos jornais norte-americanos The New York Times e The Wall Street Journal, ao informar sobre fatos polêmicos como o “aquecimento global” e questões climáticas, em geral concediam espaço aos cientistas tratados não sem certo menosprezo de “céticos”.
Dos 511 artigos estudados na imprensa britânica – jornais The Guardian, The Observer, Daily Telegraph e Sunday Telegraph – 19% concediam algum espaço aos “céticos”.
Já na imprensa altamente censurada da China, só 7% dos artigos publicados nos diários People’s Daily e Beijing Evening News mencionaram os que denunciavam as estrepolias do catastrofismo ambientalista.
Na Índia, a porcentagem foi ainda pior: só 6% – The Hindu e Times of India.
A França ficou no baixíssimo patamar indiano. Jornais analisados: Le Monde e Le Figaro.
Mas a imprensa brasileira venceu o ranking negativo: menos de 3%!
É preciso esclarecer que o trabalho do IOP se limitou à Folha de S.Paulo e ao Estado de S.Paulo como representantes da mídia nacional. Entretanto, mesmo com a inclusão de O Globo e outros a situação não melhoraria um milímetro sequer.
James Painter e Teresa Ashe, pesquisadores do IOP e autores do estudo, destacaram a importância das páginas de Opinião nos EUA e na Grã-Bretanha, em que os contribuintes não são discriminados com tanto viés ideológico.
Nos países de idioma inglês, nas páginas de livre opinião, os comentários “céticos” representam 79%. Mas nos de língua francesa caem para o 21%.
“Os dois jornais escolhidos na França e nos três países em desenvolvimento concedem muito menos espaço aos ‘céticos’ se comparados com os jornais americanos e ingleses”, concluiu o estudo.
O trabalho do IOP confirma uma realidade que estamos experimentando há vários anos.
O público brasileiro precisa ser informado equilibradamente, e não de modo enviesado, a respeito de “aquecimento global”, mudanças climáticas, etc.
Esses temas atingem de cheio a vida nacional – por exemplo, a propósito do desmatamento e do Código Florestal.
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