Jovens de ambos os sexos são fissurados pela Internet
QUEM CURTE MAIS: O HOMEM OU A MULHER?
Como homens e mulheres jovens levam a vida online? Para entender os novos hábitos, o grupo espanhol Telefónica realizou uma ampla pesquisa internacional sobre a relação da atual geração de consumidores com a tecnologia.
Para a maioria dos jovens brasileiros entre 18 e 30 anos, a tecnologia abre portas. Boa parte deles (85%) tem certeza que é capaz de encontrar um emprego com o auxílio da internet, mais que a média de outros países (83%).
E para 72% dos brasileiros, a internet também já se tornou a fonte preferida de entretenimento, um resultado superior ao mundial, de 64%.
A tecnologia, no entanto, ainda não conseguiu superar a guerra dos sexos. Persistem as diferenças na maneira como homens e mulheres lidam com a parafernália eletrônica.
Eles se sentem confortáveis em usar equipamentos e softwares para se comunicar e conduzir seus relacionamentos.
Elas também fazem uso dessas ferramentas, mas em algum momento precisam de um contato pessoal, como extensão do mundo online.
O levantamento foi feito online, no início do ano, com 12.171 jovens entre 18 e 30 anos de 27 países, em todos os continentes. No Brasil, 1.028 pessoas foram entrevistadas.
De maneira geral, a mulher se mostra mais influenciável por outros meios, como família e amigos, com quem sente necessidade de interação pessoal.
Já o homem costuma ser mais focado e se atém a determinadas tecnologias para manter contato. Isso explica o ambiente predominantemente masculino do universo dos jogos online, com os quais é possível jogar com pessoas do outro lado do mundo, sem nunca encontrá-los.
DESIGUALDADES SOCIAIS E EDUCAÇÃO
Quando se trata de familiaridade com a tecnologia, a diferença entre os sexos diminui: 49% dos homens e 40% das mulheres se mostraram confortáveis com o uso dos aparelhos.
Os homens se consideram mais atualizados em tecnologia (32% deles têm essa percepção, frente a 21% delas). No Brasil, 63% possuem smartphones e ficam sete horas online ao dia, contra seis horas da média mundial.
Entre os entrevistados no Brasil, 63% possuem smartphones e ficam sete horas online ao dia, contra seis horas da média mundial.
Para 46% deles, a internet, incluindo as redes sociais, é a fonte preferida para acessar notícias. Nesse quesito, o Brasil está alinhado com a média mundial (45%).
Na opinião de 57%, a tecnologia os tornou mais bem informados sobre as questões políticas do país – um índice bem superior ao de outros países, cuja média foi de 38%.
Os jovens no Brasil estão entre os que se sentem mais familiarizados com a tecnologia (91%, frente aos 79% da média global).
Não por acaso, no país, 18% dos entrevistados foram identificados como “líderes da geração do milênio”: pessoas com atitude positiva em relação à tecnologia e ao empreendedorismo, entre outros conceitos. Na média global, 11% foram considerados “líderes”.
Nesse aspecto, mais uma vez a diferença de gênero se destaca: os homens da geração dos 18 aos 30 anos são duas vezes mais propensos a ser líderes que as mulheres, segundo o levantamento.
Entre as principais preocupações dos jovens brasileiros consultados na pesquisa estão as desigualdades sociais e a educação (24%), seguidas da saúde (17%) e da pobreza (11%).
A pesquisa da Telefónica teve como objetivo identificar o perfil dos jovens usuários e as tendências de consumo, além de direcionar melhor os investimentos da companhia daqui para o futuro.