NASA mantém sonda em busca do hipotético Nibiru ou Planeta X
NO ENCALÇO DO INTRUSO DO FIM DO MUNDO
Depois de rastrear centenas de milhões de objetos em todo o céu, a sonda espacial WISE, da NASA, não encontrou indícios do corpo celeste hipotético comumente chamado de Planeta X.
O astro é conhecido nos meios esotéricos como o 12º planeta, com uma órbita elíptica extremamente alongada e semelhante à de um cometa, levando 3 mil 600 anos para orbitar o Sol.
A mitologia suméria se refere aos Anunnaki, que seriam as entidades que habitam este planeta misterioso. Ele também estaria representado no disco solar alado do deus egípcio Rá.
Os cientistas levantaram a hipótese da existência de um corpo celeste grande, que deveria estar em algum lugar para além da órbita de Plutão.
Sua presença poderia explicar a até agora impressionante regularidade das extinções em massa encontradas nos registros arqueológicos da Terra.
Os dados também indicam haver um padrão na queda de cometas na Terra, que são “arrancados” da distante Nuvem de Oort a cada 35 milhões de anos por algum evento que não se sabe o que seja.
Além de Planeta X, o corpo celeste hipotético que poderia explicar esses eventos ganhou outros apelidos, incluindo Nibiru, Hercólubus, Nêmesis, Tyche, Intruso e Chupão, entre vários outros.
A NASA tem apostado pesado na tentativa de confirmação da existência do Planeta X porque não existem outras teorias para explicar esses eventos bem documentados.
Recentemente surgiu uma hipótese alternativa tentando ligar o padrão cíclico da queda de cometas com a matéria escura, mas a associação ainda é fraca demais porque ninguém sabe nada sobre o assunto.
Mas a NASA afirmou em nota que as conclusões não são definitivas porque os astrônomos encontraram corpos celestes em cada uma das duas varreduras da WISE que não apareceram na outra.
Até agora foram analisadas duas varreduras do céu feitas pela sonda. É necessário comparar várias visualizações de cada corpo celeste para calcular sua distância da Terra – os mais distantes deslocam-se menos do que os mais próximos.
“Ambos os rastreios da WISE foram capazes de encontrar objetos que o outro não encontrou, sugerindo muitos outros corpos celestes provavelmente esperam para ser descobertos nos dados”, diz a nota.
“Nós acreditamos que há ainda mais estrelas lá fora, esperando para serem encontradas pela WISE. Nós não conhecemos o quintal do nosso próprio Sol tão bem como se poderia imaginar”, acrescentou o professor Ned Wright, cientista-chefe da missão.
Este estudo mais recente não encontrou nenhum objeto do tamanho de Saturno ou maior a uma distância de 10.000 unidades astronômicas (au), e nenhum objeto maior do que Júpiter a até 26.000 au – a Terra está a 1 au do Sol, e Plutão a cerca de 40.
Mas os astrônomos não voltaram de mãos vazias. A segunda varredura da WISE, que se concentrou em objetos fora do nosso sistema solar, descobriu 3.525 estrelas anãs marrons em um raio de 500 anos-luz do Sol.
As observações capturaram imagens de cerca de 750 milhões de asteroides, estrelas e galáxias.
Em novembro de 2013, a NASA tornou públicos os dados da WISE, que agora astrônomos do mundo todo estão usando para procurar por novos corpos celestes.
Em 2011, astrônomos da mesma missão acreditaram ter detectado o Planeta X, mas novas análises alteraram suas conclusões.
Outros mantêm a esperança de encontrar esse membro distante do Sistema Solar usando dados de outra missão, a Pan-STARRS.