O padrão Globo de manipular, distorcer e surrupiar a realidade
O MUNDO MÁGICO DA GLOBO *
Depois da gigantesca repercussão negativa sobre as entrevistas do casal do Jornal Nacional, a emissora é forçada a divulgar nota oficial tentando convencer o público de que não é golpista.
Essa já é a terceira vez que prestam esclarecimentos em menos de 45 dias pra dizer que “não são”.
1º – Na Globo News e no Fantástico, ao mesmo tempo, foi lida uma carta onde explicavam que não torciam contra a seleção brasileira;
2º – No principal programa de esporte, o apresentador vem a público se retratar, explicando que a emissora não tem nenhum preconceito contra o povo do Paraguai;
3º – Agora, divulgam nota para dizer que o telejornal da Globo é “imparcial” e que o papel do jornalismo global não é levantar nem derrubar nenhum candidato; ou seja, que não possuem DNA golpista.
Mais do que uma bandeira sem precedentes, o que estamos assistindo é histórico no Brasil, um sinalizador inequívoco dos tempos em que vivemos. Eles não armam e nem mutretam mais nada “impunemente” no nosso país. Distorcem, mentem e manipulam de lá que a gente [na blogosfera] pressiona, pressiona e pressiona de cá e eles têm que vir a público para esclarecer tudo.
E quando fazem isso se entregam, claro, pois parafraseando o saudoso Barão de Itararé, “do mesmo jeito que quem é não diz que é, quem muito diz que não é, na verdade é justamente aquilo que jura de pé junto que não é“.
Eu poderia me estender sobre isso, mas prefiro divulgar um trecho da fala do deputado Brizola Neto sobre o assunto, muito pertinente:
“… A Globo tenta desmentir o que todo mundo viu. Aliás, essa é uma tendência da emissora desde que a sua direção foi assumida por Ali Kamel, que se dedica a provar que não existe preconceiro racial no Brasil. Kamel tenta reescrever a história do Brasil e da TV Globo sob sua ótica. Garante que a Globo não ocultou ao máximo a campanha das Diretas Já, que não atuou no caso Proconsult, que tentou roubar de meu avô a eleição a governador do Rio, em 1982, e que não manipulou a edição do debate entre Lula e Collor, em 1989. O diretor da Globo vive no país do faz de conta e acha que alguém acredita nele…”
Eu não resisto e concluo: Ali Kamel, vive sim no mundo mágico de sua ilusão, absorto em seus pensamentos e idéias ultra-conservadoras/reacionárias; completamente distante da realidade do Brasil, do nosso Brasil que mudou e só a Globo não viu…
O padrão Globo de manipular, distorcer e surrupiar a realidade para convencer os leitores e telespectadores mais incautos está com os dias contados e acho, sinceramente, quer eles já começam a perceber isso.
O fato de nunca terem sido forçados a lidar com o contraditório — como agora acontece com a força crescente e inexorável da mídia alternativa eletrônica – os fizeram também descansar e relaxar em suas artimanhas — é só notar como ficam completamente desnorteados, desconfortáveis, perdidos mesmo, quando seus velhos métodos são revelados e repercutidos.
Tenho certeza que seus dias de armações ilimitadas (e impunes) estão contados. Como tenho certeza que não tardará muito ver um Brasil onde cada vez mais e mais pessoas — de qualquer ideologia, cor, raça, crença ou time de futebol — terão vergonha de dizer que leram no Globo, que viram na Globo, que ouviram na CBN etc, pois revelar isso será como passar atestado de ingênuo, desinformado… de tolo mesmo.
* Do comentarista Adilson no blog do Luis Nassif, repercutindo texto publicado originalmente no E Agora?
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