Teste do Filtro Triplo – o Bom, o Útil e o Verdadeiro
EXEMPLO DE GENUÍNA HONESTIDADE INTELECTUAL
Do blog BananaPost (em 27/11/2010)
Às vezes é bastante produtivo e divertido recorrer a antigas fábulas para explicar, por exemplo, os motivos pelos quais não se deve dar crédito às besteiras que dizem determinados colunistas da nossa imprensa — partidarizada, corrompida e decadente.
Apenas perfeitos idiotas dão crédito aos presunçosos e arrogantes “especialistas” — intelectualmente desonestos — da velha mídia, que não passam de manipuladores a falar sempre mal dos interesses populares e a sabotar os projetos nacionais — ô raça!
Nem precisa de coerção ou censura para que sejam desacreditados. Basta que o leitor, telespectador ou ouvinte aplique o socrático “Teste do Filtro Triplo”. Vamos a ele então:
O BOM, O ÚTIL E O VERDADEIRO
Na Grécia Antiga, como todos sabem, Sócrates desfrutava de alta reputação e era muito estimado pelo seu elevado conhecimento.
Segundo a lenda, um dia um conhecido aproximou-se do grande filósofo e disse:
– Sócrates, sabe o que eu acabei de ouvir acerca daquele teu amigo?
– Espera um pouco. – respondeu Sócrates – Antes que me digas alguma coisa, gostaria de te propor um teste. Chama-se o “Teste do Filtro Triplo”.
– Filtro Triplo?
– Sim. – continuou Sócrates – Antes que me fales do meu amigo talvez fosse uma boa ideia parar um momento e filtrar aquilo que vais dizer. Por isso é que eu lhe chamei o Filtro Triplo.
E continuou:
– O primeiro filtro é a VERDADE. Tens absoluta certeza de que aquilo que me vais dizer é perfeitamente VERDADEIRO?
– Não necessariamente. – disse o homem – O que acontece é que eu ouvi dizer que…
– Então – interrompeu Sócrates -, não sabes se é verdade.
– Passemos agora ao segundo filtro, que é a BONDADE. O que me vais dizer sobre o meu amigo é BOM?
– Não, muito pelo contrário…
– No entanto – continuou Sócrates -, queres dizer-me algo mau sobre ele e ainda por cima nem sabes se é ou não verdadeiro. Mas, bem, pode ser que ainda passes pelo terceiro filtro.
E propôs:
– O último filtro é a UTILIDADE. O que me vais dizer sobre o meu amigo será ÚTIL para mim?
– Não, acho que não…
– Assim – concluiu Sócrates -, se o que me dirás não é nem BOM, nem ÚTIL e muito menos VERDADEIRO, para quê dizer-me?
* * *