Uma cidadezinha onde todo mundo mora no mesmo prédio
HABITANTES JUNTOS NUM ÚNICO ENDEREÇO
Quem foi habituado ao relativo anonimato dos grandes centros urbanos conhece bem o desconforto de virar alvo das atenções caso tenha de morar numa cidade entre dois mil e dez mil habitantes.
Você não dá um passo sem que tenha alguém vigiando por uma fresta de janela ou patrulhando seus menores hábitos para alimentar as rodinhas de fofocas dos nativos, insaciáveis por novidades.
Agora imagine a falta de privacidade viver num lugar menor do que um quarteirão de São Paulo, por exemplo, onde todas as 218 almas residam num único endereço – um prédio de apenas 14 andares.
Essa é a realidade de Whittier, uma fantasmagórica cidade portuária do Alasca, com cerca de duas dezenas de instalações, que costuma ser castigada por camadas de 2,5 m de gelo no inverno.
Fora algum intrépido que eventualmente opte pelo trailer, todos os demais ficam confinados no edifício Begich, onde também funcionam igreja, delegacia, correios, escola, lavanderia e duas lojas.
O frio é tão brutal que o cenário “siberiano” foi escolhido como locação para as filmagens de Killer Hunter, estrelado por Gerard Butler, thriller de ação ambientado numa base de submarinos russos.
Mesmo assim – ou por tudo isso –, o autêntico grotão não fica tão isolado assim do mundo, pois costuma receber por ano cerca de um milhão de turistas em cruzeiros marítimos pelas bordas polares.
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