23 anos antes artista previu em mangá acidente nuclear no Japão

Previsão acidente nuclear

ANTEVENDO O TRÁGICO FUTURO


Premonição ou apenas coincidência? O fato é que um mangá japonês escrito em 1988 previu o desastre atômico que ocorreu em Fukushima após o terremoto seguido de tsunami de 11 de março no Japão.

Do blog ECOnsciência

Vinte e três anos antes do maior acidente nuclear japonês, a desenhista e escritora Ryoko Yamagishi já previa o desastre que estaria a caminho tão logo as placas tectônicas submarinas entrassem em violenta convulsão.

Em um mangá – histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês – preto e branco de 46 páginas, a autora relatou a chegada de uma grande crise nuclear no país.

Com o nome de Phaethon, que na mitologia grega é o filho de Helios – deus do sol – que colocou a terra em perigo, o mangá antinuclear foi inspirado na tragédia de Chernobyl, que aconteceu cinco anos antes da publicação, segundo Yamagishi.

Acidente Nuclear

Em entrevista ao jornal El Pais, a autora contou que depois do acidente nuclear na Ucrânia ela  ganhou dimensão do que realmente significava a energia nuclear.

Questionada sobre a relação com Fukushima, Yamagishi afirmou que realmente já havia pensado sobre o risco de ocorrer um acidente na região quando escreveu o mangá, mas que nenhuma autoridade assumiria a possibilidade.

“Quando realmente aconteceu o acidente eu entrei em pânico, mas pensei que a advertência do meu desenho não serviu para nada. Fiquei muito triste”, disse.

Entretanto, após o terremoto e o tsunami que atingiram a região e provocaram o acidente nuclear seu mangá foi lembrado imediatamente.

De acordo com Yamagishi, em 1988, quando a história foi escrita, 70 mil cópias do mangá foram vendidas. Após o acidente, porém, mais de 200 mil pessoas já leram o conto, que agora está disponibilizado na internet.

Sobre a política energética japonesa, a autora do mangá que adiantou a tragéria alerta: “os reatores nucleares deveriam ser fechados um a um desde já e substituídos por mecanismos de energia solar, hidráulica e geotérmica”.

Via Opera Mundi

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