O PAÍS REAL MUITO LONGE DA CRISE EM 2014

Se alguém ainda reclama de barriga cheia é porque não gosta de trabalhar ou se deixa contaminar por uma suposta crise econômica no País da Fantasia criado pelo Jornal Nacional e congêneres.

Porque, quem está habituado a encarar o batente, contribuiu para que o Brasil real ganhasse – todos os dias! – cerca de 4 mil micro e pequenas empresas, em média, apenas no decorrer deste ano.

Para efeitos estatísticos, multiplique por 365 e chegue à espantosa cifra de quase 1 milhão e meio de novos empreendimentos, que explicam, em parte, os níveis recordes de desemprego em 2014.

Os números são do Empresômetro MPE, lançado nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio e pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República.

São Paulo é o responsável por mais de um quarto dessas novas empresas, de acordo com dados do sistema desenvolvido pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

No estado, a média diária é de 1.108 inaugurações. Na sequência, aparecem os estados de Minas Gerais (411), Rio de Janeiro (348), Rio Grande do Sul (305) e Paraná (274).

LÍDERES DO RANKING

O segmento de vestuário e acessórios – em que nós também atuamos – lidera o ranking de áreas com mais micro e pequenas empresas em atividade.

Estes ramos são seguidos pelo varejo de alimentos (minimercados, mercearias e armazéns) e por bares, lanchonetes e similares.

“São áreas em que, tradicionalmente, há uma grande presença de empresas de pequeno porte”, diz o relatório da CNC.

Cabeleireiros, restaurantes e lojas de peças para veículos também aparecem em destaque na lista.

De início, o sistema não trará dados sobre o tempo necessário para a abertura de empresas. A expansão das micro e pequenas, no entanto, será computada com informações por cidade.

A ferramenta servirá para definir estratégias para governos e entidades, que poderão oferecer cursos de capacitação de acordo com os tipos de empresas existentes em cada município.