A Morte de Bin Laden na Boca do Povo – Cordel de Antonio Barreto

Autor: Antonio Barreto

A Cachaça da Happy Hour

A MORTE DE BIN LADEN NA BOCA DO POVO

Por Antonio Barreto, de Santa Bárbara, Bahia

O suposto assassinato
Ordenado por Obama
Aniquilando de vez
O seu ex-parceiro Osama
Caiu na boca do povo
Que este cordel proclama.

Quando Obama anunciou
Tal fato no Paquistão
Peguei caneta e papel
Pra colher a opinião
Do povo de Salvador
E cordelizar, então.

Sem nenhuma acanhação
Eu pude aqui registrar
Neste singelo cordel
Da cultura popular
A voz do povo, nas ruas,
Conforme vou lhe mostrar:

— Esse dia 2 de maio
De 2011 o ano
Ficou marcado na história
Pois é o dia do engano:
Um Primeiro de Abril
Ao sabor do “americano”!

— Tá pensando que Obama
É Lulinha paz e amor?!
O gringo lá dos “states”
É “o cara” do terror
Além de matar Bin Laden
Planta espinho em vez de flor.

— Pode ser até verdade
Mas parece artimanha.
Eu creio que o assassino
Foi o tal do Homem Aranha
Ou talvez o Super-Homem
O dono dessa façanha!

— Quem matou o barbudão
Foi a Mulher Maravilha
Dando viagra a Bin Laden
Numa pequenina ilha
E na hora do “bem-bom”
O cabra “apagou a pilha”!

— Essa história de dizer
Que Obama é pacifista
Exemplar pai de família
Um anjinho africanista
Saiba que o Inferno é cheio
Desse tipo de artista!

— Quem mata a cobra, leitor
E depois não mostra o pau
Não merece confiança
Não avança no degrau
Da justiça e do amor
Porque é um homem mau.

— Onde rola prepotência
Arrogância e maldade
Só devemos esperar
Desamor, leviandade:
A farsa se sobrepondo
Sempre em nome da verdade.

— O corpo do tal Bin Laden
Ninguém sabe onde está
Mas Obama – homem bom
Piedoso pra “daná”
Resolveu depositá-lo
Nas águas de Iemanjá!

— Essa história tá confusa
Mais confusa a sua trama
Pois envolve muita gente
Que vive num mar de lama
Ambos do mesmo quilate:
O Bin Laden e o Obama.

— O Bin Laden, meus amigos
Há muito tempo morreu.
Esse fato é tão preciso
Que o mundo já esqueceu
Mas Obama quer ibope
Pra dizer que o feito é seu!

— O Barack já matou
De Kadafi, três netinhos
Também o filho mais novo
E outros nesses caminhos.
E nós temos que ficar
Bem calados, quietinhos…

— Coitado do Luther King
Lá no pedestal da luz,
Acompanhado de Buda,
Nossa Senhora e Jesus
Sabe o quanto é difícil
Carregar a nossa cruz!

— Carregar a nossa cruz
Sem poder solucionar
As façanhas do Império
Que não pára de humilhar
As culturas diferentes
De todo e qualquer lugar.

— Toda paz que desejamos
Tio Sam nunca semeia.
Estou quase convencido:
Obama não “alivêia”!
Quem tocar nessa verdade
A CIA logo “judêia”!

— Eu queria uma Ceia
Que não fosse a de Natal
Uma ceia de amor
No plano espiritual
Mas tudo que ora sonho
Vai se tornando irreal.

— Quem leva todo o petróleo
Pelo preço de um tostão?
Quem derrama tanto sangue
Do Iraque ao Paquistão?
Hiroshima e Nagasaki
Não saem do meu coração…

— O Satanás sempre engana
O povo desavisado
Mas eu fico aqui alerta
Muito mais que antenado
Pois algo profundo e belo
Nunca está daquele “lado”.

— Inda bem que é Casa Branca
O nome da maldição
Donde saem todas as leis
Pra tanta destruição…
Depois eles vão dizer
Que tô ficando doidão!

— Sobre a “América do Norte”
A população não erra:
A prepotência do mundo
Quase toda ali se encerra.
Quando não tem opressão
Tem farsa, tortura e guerra.

— Os mísseis do seo Obama
Vão brincando de matar.
O mundo inteiro calado
E a imprensa a aprovar.
O Obama morde e assopra
Mas nunca vai me enganar.

— Obama veio ao Brasil
Pelas ondas da alegria
Enganando ao mundo inteiro
Como o Satanás queria
Ordenando o ataque à Líbia
Sim senhor, naquele dia!

— Nesse mundo de poder
Arrogância e muita fama
Logo a gente reconhece
Quem está dentro da lama
Porque todo ser de luz
A força do bem proclama.

— Obama quer nos impor
Crer no tal Papai Noel
Querendo ser bom mocinho
Um justiceiro fiel
Porém ele nunca engana
O autor desse cordel!

— Tem que ser olho por olho
Tem que ser dente por dente
O Obama, sim senhor,
É um grande presidente:
Um homem religioso
Que tem Deus na sua mente…

— Um ataque terrorista,
Agora vou lhe explicar:
Não deixa de ser um modo
Do outro contra-atacar
Porque quem é ofendido
Claro que vai revidar.

— Essa suposta matança
De Bin Laden – o terrorista
É o orgasmo do Obama
Da tribo imperialista
Que tem várias invasões
Marcadas na sua lista.

— Uma farsa bem montada
Foi o que ocorreu ali
Mataram só a família
Do famoso “javali”
Pois ele estava surfando
Numa praia do Havaí

— Bin Laden tá descansando
Lá pras bandas do sertão
Justo em Feira de Santana
Acredite, meu irmão!
E vai sempre a Santa Bárbara
Pra comer bom requeijão!

— Se a mentira “americana”
Ficar rondando ao meu lado
Uma coisa eu vos digo:
Não posso ficar calado
Mas se o cara é da Luz
Meu respeito é redobrado!!!

FIM

Salvador-BA, 03/05/2011

* * *

Blog da Nívia de Oliveira Castro

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