POR QUE NÓS DESPREZAMOS A VELHA MÍDIA

Todo mundo viu ou soube que a TV Globo omitiu o nome do prefeito Fernando Haddad (PT/SP) na decisão que evitou um drama social com a compra de um terreno na Zona Leste da capital paulista, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) havia ordenado que fosse desocupado à força.

Mas a manobra para esconder a ação de Haddad na desapropriação social, ou seja, a aquisição da área para solucionar os males que as famílias enfrentavam, se estendeu aos demais veículos que compõem o conglomerado da família Marinho. Veja a manipulação na edição do jornal O Globo:

No print à esquerda, a notícia original conforme foi enviada pela reportagem — descontando-se o evidente cuidado dos repórteres medrosa para não desagradar os editores;

No print à direita, manchete e subtítulo alterados alguns minutos mais tarde — tornando clara a manipulação dos editores para bajular ou cumprindo as ordens dos patrões.

É por essas e (muitas) outras que nós guardamos um profundo desprezo pelo noticiário político da velha, decadente e reacionária mídia brasileira, que alguns ainda insistem em chamar daquilo que ela, definitivamente, não é: “grande”.

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