Campanha incentiva mulher ao uso da camisinha no Carnaval

Sexo e Prevenção - Aids no CarnavalMulheres jovens na prevenção da aids

A ideia é que elas incentivem o parceiro a usar a camisinha nas relações sexuais. Público foi escolhido porque a infecção tem aumentado nos últimos anos entre as mulheres.

Serão duas etapas: antes das festas, vai promover o uso da camisinha; depois, a necessidade de se realizar o teste de HIV, sífilis e hepatites.

E, acima de tudo, muita ousadia para falar às jovens na faixa etária de 15 a 24 anos sobre prevenção às DST – doenças sexualmente transmissíveis, aids e hepatites.

Esse é o tom da campanha do Ministério da Saúde para o carnaval de 2011.  A medida visa tê-las como aliadas da para sensibilizar a geração atual a se cuidar e fazer sexo protegido.

Alinhadas com o Dia Internacional da Mulher, as mensagens da campanha sugerem mudança de hábito na forma como a população geral lida com questões como confiança e entrega.

Entre os fatores que fazem com que a mulher abandone o uso de preservativos estão mitos relacionados à falsa percepção de segurança nos parceiros: a necessidade de provar que ama o parceiro ou que confia nele, a idealização romântica, o julgamento pela aparência, a vontade de se entregar.

A campanha exaltará a participação das jovens na negociação do uso do preservativo, demonstrando que o insumo pode ser um aliado na relação.

Veiculadas nos meios de comunicação durante a maior festa popular brasileira, as peças serão voltadas principalmente às mulheres de baixa renda.

Pela primeira vez, a campanha vai ser dividida em três filmes, a serem transmitidos pela TV e internet em momentos distintos.

No primeiro, antes do carnaval (de 25 de fevereiro a 04 de março), um grupo de amigas lembra a importância de ter a camisinha.

No segundo, durante a festa (de 5 a 8 março), elas reforçam o uso do preservativo na hora da relação.

Na veiculação do terceiro filme (9 a 20 de março), o mesmo grupo de meninas se encontra depois da folia e orienta quem fez sexo desprotegido a realizar o teste de aids.

O ritmo do cantor pernambucano Reginho, autor da música “Minha Mulher Não Deixa Não”, vai embalar os jingles da campanha do Ministério este ano.

MAIS MENINAS COM AIDS

O alerta ao público jovem sobre vulnerabilidades ao HIV/aids ampara-se em dados epidemiológicos do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde.

De acordo com o Boletim Epidemiológico 2010, os casos de aids em homens e mulheres jovens, de 13 a 19 anos, de 1980 até junho de 2010, correspondem a um total de 12.693. Nessa faixa etária, o número de casos de aids é maior entre as mulheres: oito casos em meninos para cada dez em meninas, enquanto que nas demais faixas etárias o número de casos de aids é maior entre homens do que entre mulheres.

Em relação ao uso da camisinha, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP – 2008) mostra que, entre jovens de 15 a 24 anos, as meninas estão mais vulneráveis ao HIV. Em todas as situações, os meninos usam mais preservativo do que elas.

Na última relação sexual com parceiro casual, o percentual de uso da camisinha entre as meninas é consideravelmente mais baixo (49,7%) do que entre os meninos (76,8%). Quando o relacionamento se torna fixo, apenas 25,1% delas utilizam a camisinha com regularidade; entre eles, o percentual é de 36,4%.

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