Carros movidos a hidrogênio líquido, o combustível dos foguetes
ALTERNATIVA PARA O PETRÓLEO
Do blog HotGaragem
Há muito se sonha em tornar o hidrogênio, elemento abundante na natureza, um combustível viável para automóveis convencionais.
Agora, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a montadora austríaca MagnaSteyr se uniram para adaptar a tecnologia de foguetes espaciais para permitir seu uso na construção de carros.
A iniciativa faz parte do Programa de Transferência de Tecnologia da ESA e tem o objetivo de solucionar alguns problemas decorrentes da substituição do petróleo.
Além de possuir uma densidade energética baixa, o hidrogênio utilizado atualmente é originado principalmente do processo de produção de combustíveis fósseis, exigindo mudanças em seu processo de obtenção caso o plano seja utilizado em larga escala.
Porém, o maior problema é o fato de as moléculas do gás serem extremamente pequenas, o que faz com que elas escapem facilmente por qualquer brecha.
Atualmente, a indústria espacial usa hidrogênio líquido para abastecer aeronaves, algo que não se mostra tão simples de ser realizado em um automóvel, já que a substância tem que permanecer a uma temperatura próxima ao zero absoluto.
É aí que entra a MagnaSteyr, responsável pelo desenvolvimento dos sistemas usados nos foguetes Ariane produzidos pela ESA.
A companhia criou um sistema de armazenamento com paredes duplas selado de forma especial capaz de manter o combustível em uma forma estável.
“É um grande desafio técnico lidar com isso corretamente”, afirma Gerald Poeelmann, chefe do Centro de Competência da empresa.
“As áreas de tolerância são muito pequenas, a vedação tem que ser precisa, os materiais não podem apresentar rachaduras e é preciso evitar evaporações do material”, complementa.
Diversos problemas ainda têm que ser solucionados até que carros usando hidrogênio se tornem algo comum.
Porém, a ESA acredita que o grande potencial do gás justifica os investimentos e o tempo gastos na adaptação de tecnologias espaciais para automóveis — processo que, infelizmente, ainda não tem previsão de data para ser concluído.
Com TecMundo