Como se comportar na festa de final de ano da sua empresa
AS GAFES MAIS COMUNS
Do blog BananaPost
Se você é nova no mercado de trabalho ou está no primeiro ano do seu primeiro emprego, prepare-se porque chegou a hora de pagar mico.
É que com o final do ano próximo, foi aberta oficialmente a temporada daquelas insuportáveis festinhas de “confraternização” das empresas, com direito ao indefectível amigo oculto — ou secreto.
Com a desculpa de comemorar as conquistas do ano, profissionais de todo o Brasil e seus empregadores se reúnem para celebrações descontraídas. E aí é que mora o perigo.
O maior risco que você pode correr é acabar bêbada como um peru de Natal, para depois ver a sua performance etílica se espalhando inexoravelmente pelas redes sociais, para delírio da galera que reza por uma gafe sua.
“Apesar de ser uma comemoração, as pessoas não devem se esquecer que ainda estão em um ambiente corporativo. Os colegas observam e existe risco de consequências”, diz Gabriela Coló, sócia da consultoria de RH Havik.
Segundo ela, o comportamento do profissional deve ser contido e seguir os padrões da empresa. Se for uma companhia estrangeira, a atenção deve ser redobrada.
“Uma boa dica é observar como o seu gestor se comporta. Isso é um bom indicativo de como você deve agir”, explica.
Apesar disso, existem as exceções, geralmente causadas pela bebida alcoólica. Tem muito boss por aí que perde de vez a moderação na frente dos seus subordinados.
“O diretor de uma das empresa que trabalhei uma vez se excedeu na bebida e acabou causando um grande constrangimento na festa. Por causa dele, a companhia parou de realizar a tradicional comemoração”.
A diretora da Pro-Fit Coaching & Treinamento, Eliana Dutra, também se lembra de um caso de uma diretora que bebeu demais e tocou um rebu na festa.
Mamada, a chefona liberou seus instintos mais reprimidos e, após tirar um colega casado para dançar, realizou movimentos que chocaram os presentes.
“Mas alguém logo chamou a sua atenção e ela acabou tendo de ir embora da festa”, conta. Só que ninguém apagou mais a mancha em seu “currículo”.
Depois disso, sobram os puxões de orelha da área de recursos humanos e chefia.
No escritório de advocacia Chalfin, Goldberg, Vainboim & Fichtner Advogados Associados, a festa deste ano vai reunir 280 colaboradores e convidados no Rio de Janeiro.
Janahyna Moreira, analista de RH que ajuda a organizar a comemoração há quatro anos, relembra alguns momentos memoráveis da celebração.
“Uma vez, um funcionário recém-contratado (estava no escritório havia uma semana) bebeu demais e acabou dançando ‘até o chão’. No dia seguinte, ele nem conseguiu ir trabalhar”, conta.
O “dançarino”, como foi apelidado pelos colegas de trabalho, resolveu se demitir uma semana depois, oficialmente por outros motivos.
Depois disso, Janayna começou a fazer algumas recomendações para os funcionários. “Eu costumo orientar sobre esses tipos de gafes por meio de emails, inclusive no convite da festa”.
A analista aconselha também por email sobre a questão do vestuário.
“Muitas pessoas, principalmente mulheres, aparecem na festa com roupas e atitudes provocantes. Mas elas precisam entender que não estão em uma festa funk e a intenção não é seduzir ninguém”, explica.
E mesmo se você estiver apaixonada por um colega de trabalho, o pior lugar possível para se declarar é na comemoração da empresa. Especialmente se for do mesmo sexo.
“Mesmo que o sentimento seja mútuo, a iniciativa será um constrangimento para os dois”, afirma Gabriela.
O tradicional hábito de trocar presentes entre profissionais também pode ser uma fonte de constrangimento na hora em que as pessoas abrem o embrulho.
“Já soube do caso de um chefe que presenteou uma funcionária com roupas íntimas. Mesmo que ela tivesse pedido, ele deveria ter optado por algo mais tradicional, como um DVD”, diz a sócia da Ravik.
Janayna recomenda o sempre esquecido bom-senso. “Descubra o que a pessoa gosta e faça sua escolha com base nisso. Também tenha certeza de que ela possa trocar o presente”.
Apesar do clima de final de ano incluir a espiritualidade, lembre que cada pessoa tem a sua. Presentes ou cartões com fundo religioso estão fora de cogitação no ambiente corporativo.
“Prefira um simples Boas Festas sem entrar em temas espirituais”, afirma Eliana. E jamais se esqueça que grande parte das empresas, especialmente as do setor financeiro, têm donos e cargos de confiança ocupados por pessoas de origem judaica.
Enfim, todo membro da empresa deve comparecer à comemoração, mesmo que isso vá contra os seus instintos. E também não vale ficar pouco pois a hora é de sacrifício pessoal.
“Muitos profissionais que ocupam cargo de chefia aparecem, ficam 30 minutos e vão embora. Mas os funcionários também observam e se sentem desprestigiados”, explica Eliana.
A dica é aproveitar com moderação e se confortar com o fato de que as festas corporativas, mesmo sendo um porre, só acontecem uma vez por ano.
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