É mais fácil remoer na cabeça experiências ruins do que boas memórias
O ANTICLÍMAX
Finalmente seu namorado resolve coçar a carteira e te convida para um jantar romântico naquele restaurante charmosíssimo.
A comida está uma delícia, o Cabernet perfeito e o atendimento exemplar, do começo ao fim da noite.
Entretanto, ao retirar os pratos, o garçom derruba acidentalmente a taça e um pouco de vinho tinto respinga no seu vestido branco.
E aí, você se lembraria da noite e do lugar como algo bom ou ruim?
Pois é, de acordo com o psicólogo Peter Noel Murray, em artigo escrito para a publicação Psychology Today, o ser humano tem a tendência de gravar de maneira mais forte a experiência que foge às suas expectativas.
E, acredite, não fazemos isso por sermos pessimistas, mas sim porque essa é uma característica normal do cérebro.
Ou seja, pela nossa natureza interpretamos aquilo que é bom como um comportamento “esperado”.
Então tudo que foge ao que era previsto tende a ser compreendido pelo cérebro como uma espécie de “emoção” mais intensa e marcante.
Por isso, em um momento em que há várias situações positivas basta uma experiência negativa para que ela se destaque e fique remoendo em nossa cabeça com mais facilidade.
Original em Psychology Today