Estudo mostra que povo não é bobo nem quer desgraça na TV

HORA DAS BOAS NOTÍCIAS COM A INTERNET

Violência na televisão

Desde que foram implantados os cursos de Comunicação Social, no início dos anos 1970, todo aluno aprende em sua primeira aula de jornalismo na faculdade que o que vende ou dá audiência é sangue, sexo e futebol. De preferência nessa ordem.

De lá para cá, a orientação sempre foi essa na hora de editar jornais ou noticiários de rádio e tevê: se há sangue, tem que sair em destaque. Ausência de notícia pode ser uma boa notícia, e boas notícias certamente não são notícia.

Essas são as regras clássicas que imperam para a programação noturna de TV e para os jornais da manhã, baseando-se parcialmente em estatística (audiência e circulação) e parcialmente no instinto selvagem dos produtores e dos editores.

Guerras, terremotos, enchentes, incêndios, crianças doentes, casais assassinados, desgraças — o sofrimento (com choro e lágrimas) e o caos (ou apagão) de qualquer coisa são proporcionais à cobertura jornalística.

Só que agora, com a Internet, com a informação sendo espalhada e monitorada de diferentes maneiras, os pesquisadores começam a perceber novas regras de comportamento.

Examinando o cérebro das pessoas e rastreando seus e-mails e suas postagens on-line, neurocientistas e psicólogos descobriram que boas novas podem se espalhar mais rapidamente e chegar mais longe que desastres e tragédias.

Esta constatação pode estar na base, além da manipulação política, da queda na circulação de jornais e revistas e da audiência dos grandes telejornais, em especial do Jornal Nacional da Rede Globo.

Mas não conta isso pra eles, deixe que continuem afundando cada vez mais no Ibope. Leia a interessante pesquisa comandada por Jonah Berger, psicólogo social da Universidade da Pensilvânia, e fique quietinh@ na sua.

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