“eu que já fui cavalo e cavaleiro” – a poesia de Romério Rômulo
Do Blog A Cachaça da Happy Hour
eu que já fui cavalo e cavaleiro
eu que já fui cavalo e cavaleiro
rangi os trapos num cerrado chucro,
pavoneei às feras meus intentos,
sofri imensidões como se gotas.
cavalo e cavaleiro que já fui
por anos repisados de novilhos
brandi os versos como fossem trilhos
de intensa solidão. agora rui
o meu intento de quixote e sancho
ter uma dulce, marília, o que me leva
a ser cavalo, cavaleiro e treva
pelos adros das ilhas que não sei.
eu que já fui cavalo e cavaleiro
de tronos abissais em que entorpeço
arranco os estilhaços de um berreiro
e me destravo, nu, no meu avesso.
cavalo e cavaleiro fui.
cavalo, cavaleiro e rei.
* * *
Gostei da poesia e da imagem tb. Como conseguiu?
A poesia peguei por empréstimo no blog do grande Romério Rômulo, poeta mineiro e presença respeitada na blogosfera independente.
http://romerioromulo.wordpress.com/
A ilustração capturei em algum site de compartilhamento de imagens, desses que há aos montes na rede, não me lembro qual.
Admito que poesia não é a minha pradaria,
mas o chapéu para esse guasca eu tiraria.
Que poeta é esse, gente? Prazer em conhecê-lo.
muito prazer, magda lopes.
romério