Fumaça do incêndio de escolas de samba no Rio chega até Petrópolis
No meio da manhã do dia 7 de fevereiro de 2011 o céu azul profundo que ajuda a fazer a fama da cidade serrana de Petrópolis foi abruptamente empalidecido por uma névoa acizentada, incomum para os ensolarados dias de verão. Ela chegou acompanhada de um estranho cheiro no ar, que lembrava o odor exalado durante curto-circuitos elétricos.
Até o meio da tarde muitas pessoas intrigadas vasculhavam seus aparelhos eletro-eletrônicos, além das fiações das instalações elétricas de residências e áreas comerciais. Provavelmente ainda não tinham sido informadas do incêndio que consumiu adereços, fantasias e carros alegóricos de algumas das maiores escolas de samba no Rio de Janeiro.
Segundo a Climatempo, em comunicados radiofônicos, a enorme coluna de fumaça era empurrada pelo vento que soprava do mar em direção à região Serrana do Estado. As partículas do material sintético incinerado em suspensão poderiam até acelerar o processo de precipitações em contato com a forte umidade gerada pela evaporação oceânica.
Não deu outra, à tarde uma súbita tempestade de curta duração despejou raios e até granizo sobre Petrópolis, que se situa a uma distância de 68 km da capital (em linha reta é bem menos) e com vários bairros com altitude de 1.000 metros acima do nível do mar — o que dá bem a dimensão do volume de detritos carbonizados despejados na atmosfera.