Hazel Jones provoca excitação mundial com suas duas vaginas
DRUMMOND, PARA RELAXAR
Pouca vezes uma palavra terá sido tão teclada nos motores de busca num único dia na rede, como aconteceu nesta sexta-feira 13, com vagina ou a sua grafia no plural, já que é escrita da mesma forma em diferentes idiomas — como o português, espanhol, inglês e italiano. Será que tem mais algum?
Saciada a curiosidade planetária com a surpreendente revelação da inglesa Hazel Jones de que possui o aparelho genital duplicado, aproveito a oportunidade para colocar as coisas nos seus devidos lugares — não de maneira espetaculosa, mas poética — depois de tanta excitação com uma simples palavra.
O QUE SE PASSA NA CAMA
(O que se passa na cama
é segredo de quem ama)
É segredo de quem ama
não conhecer pela rama
gozo que seja profundo,
elaborado na terra
e tão fora deste mundo
que o corpo, encontrando o corpo
e por ele navegando,
atinge a paz de outro horto,
noutro mundo: paz de morto,
nirvana, sono de pênis.
Ai, cama, canção de cuna,
dorme, menina, nanana,
dorme a onça suçuarana,
dorme a cândida vagina,
dorme a última sirena
ou a penúltima… O pênis
dorme, puma, americana
fera exausta. Dorme, fulva
grinalda de tua vulva.
E silenciam os que amam,
entre lençol e cortina
ainda úmidos de sêmen,
estes segredos de cama.
* * *
Rsrsrs, você deu uma ajeitada e conseguiu enfiar o grande Drummond entre as duas vaginas (sem trocadinho, hem). Adorei o poema. Coisa ma-ra-vi-lho-sa! ; )