Indústria fonográfica derrotada em ação contra compartilhamento de arquivos
LIBERDADE POR ENQUANTO GARANTIDA
Os defensores do copyright são uns chatos de marca maior mas, pelo menos, acabam de sofrer nova derrota. A indústria fonográfica sediada na França queria a todo custo impedir que o Google sugerisse aos internautas termos como Torrents, RapidShare, MegaUpload ou outros sites de compartilhamento de arquivos, mas um tribunal de Paris não permitiu.
A justiça francesa rejeitou o pedido apresentado pelo Sindicato Nacional da Edição Fonográfica (SNEF) que visava impedir, por via judicial, que o líder dos buscadores na Internet sugerisse automaticamente na sua caixa de pesquisa expressões ou palavras-chave que, do ponto de vista das multinacionais, estariam associadas à pirataria na Web.
Desde janeiro o Google tinha decidido limitar, a nível mundial, os resultados de buscas que encaminhassem os internautas para sites suspeitos de partilhar pirataria. Só que o SNEF não se deu por satisfeito e insistiu com a pendenga nos tribunais, sob a alegação de que a legislação em vigor permite encerrar atividades de sites que promovem a “violação dos direitos de autor”.
Segundo o jornal espanhol El Pais, os juízes do tribunal parisiense recusaram o pedido do SNEF alegando que os Torrents, o RapidShare ou o MegaUpload não são ilícitos, apesar de serem usados para descarregar arquivos piratas.
Como consequência, o tribunal considerou que é o internauta — que utiliza os diferentes sites na Internet — o responsável por descarregar e promover a pirataria e não o Google (e os sites indicados), que se limita a sugerir termos de pesquisas, com base na análise estatística dos seus resultados.
Seria o mesmo que tentar impedir a exposição de facas em jogos de talheres depois que algum maluco resolveu cortar a jugular de um desafeto durante uma briga no jantar. Ou pior, paralisar a fabricação de automóveis porque um pinguço encheu a cara, perdeu o controle do veículo e atropelou um pedestre na calçada.
Com u’a mãozinha amiga do InforSalvador
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