Dinheiro da CIA na velha mídia e até na Polícia Federal

Produto da imaginação?

A CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO CONTRA OS POVOS ÁRABES

O Chefe de Redação

Os povos árabes entraram indistintamente na alça de mira da velha mídia ocidental após o suposto assassinato do também suposto terrorista Osama bin Laden — se é que esta personagem existiu mesmo tal como é apresentada pelos grandes conglomerados de comunicação, reverberando as acusações oficiais do governo dos Estados Unidos.

Há quem não perceba o enfoque negativo embutido em todas as informações veiculadas nos grandes telejornais que chegam daquela parte do planeta? Na mídia impressa o tom pejorativo é sempre o mesmo.

Difamação contra árabesApenas para refrescar a memória, a comunidade árabe afirma que a CIA reservou 1 bilhão de dólares para financiar o sistema de difamação da religião islâmica desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Para o Brasil, de acordo com levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a verba prevista para a mídia local, vinda dos cofres da agência de inteligência dos Estados Unidos, seria de 120 milhões de dólares.

Teoria conspiratória? De acordo com documentos da diplomacia dos EUA vazados recentemente pelo WikiLeaks, o Departamento de Estado norte-americano montou uma poderosa estratégia de financiamento da mídia para difamar a religião muçulmana e, em outra linha, garantir a impunidade daqueles que o fizerem.

Para tal, diz o despacho, seria necessária “uma campanha mais intensa pela mídia e mobilizando comunidades religiosas a favor de não se punir quem difame religiões”.

E, mais adiante, aponta parceiros: “Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de se punir quem difame religiões, sobretudo entre a elite do País”.

Tentáculos da informação

Um segundo despacho reforça a suspeita da comunidade árabe: “Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em plantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados”.

Além disso, propõe que visitas ao Brasil de “altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira”.

À época desse comunicado, a Organização das Nações Unidas estava para votar uma resolução que condenava a difamação de religiões. Os Estados Unidos eram contra.

Terrorismo de EstadoNo dia 26 de março de 2009, a ONU aprovou a resolução e considerou o ato como uma violação dos direitos humanos.

A questão, portanto, não é tão distante de nós quanto alguns possam supor. A ponto de ter muita gente graúda nas esferas de poder enfiada até o pescoço nessa sujeira toda, como revela o repórter Leandro Fortes na última edição da revista CartaCapital.

Através desta reportagem ficamos sabendo que tem até um delegado medalhão da nossa Polícia Federal, suspeito de difamar árabes no Brasil, que estaria na folha de pagamentos por serviços prestados à CIA.

Essa denúncia escabrosa pode ser lida na íntegra no Luis Nassif.

Aviso: o teor é mais repulsivo que qualquer smeagol criado pela imaginação humana.

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O Chefe de Redação

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