UMA ‘BOCA DE PEIXE’ AINDA É O MAL MENOR

O principal defeito que os críticos viam até agora no tratamento rejuvenescedor com aplicações de botox era o risco de deixar os pacientes com a aparência inexpressiva ou com a patética boca de peixe.

Não é mais porque surgiu coisa pior. Um relatório chocante acaba de associar os preenchedores epidérmicos anti-rugas à base de toxina botulínica a casos de cegueira permanente e danos no cérebro.

Um cirurgião plástico inglês citado pelo Daily Mail relatou pelo menos 32 casos de perda de visão – e que as injeções também têm causado AVCs em vários pacientes.

“Estas não são instâncias de um caso para um milhão”, advertiu o Dr. Julian De Silva, chefe de uma importante clínica londrina, especializada em procedimentos faciais.

Injetados sob a pele para adicionar volume e dar uma aparência mais jovem e rechonchuda, já estão presentes em ¹/3 de todos os procedimentos cosméticos não-cirúrgicos realizados na Grã-Bretanha.

O valor de mercado dos tratamentos estéticos apenas no Reino Unido, em 2010, foi de £ 2,3 bilhões e estima-se que número vá crescer para £ 3,6 bilhões, em 2015. Os procedimentos não-cirúrgicos são responsáveis ​​por 75% do total.

Como os enchimentos são legalmente classificados como “implantes” ao invés de “drogas”, não estão sujeitos às mesmas regras, e, assim, podem ser injetados por qualquer pessoa – habilitada ou não.

Um mau resultado estético, caricatural, ainda seria apenas uma complicação menor quando comparado aos riscos potenciais envolvidos.

“O problema surge quando o enchimento com o gel contendo botox é acidentalmente injetado em uma artéria”, explica o Dr. De Silva.

“Além de levar à necrose ou morte do tecido da pele, a sua presença nas artérias que fornecem oxigênio para o fundo do olho pode provocar a perda da visão. E num cenário mais grave, até mesmo bloquear o suprimento de oxigênio para o cérebro, resultando em um derrame”.

O médico também alertou que as injeções de preenchimento com a própria gordura retirada de outras partes do corpo pode provocar danos equivalentes no organismo dos pacientes.

Incidentes dessa natureza têm alimentado temores de que os consumidores britânicos estejam sendo usados ​​como cobaias por fabricantes de marcas proibidas nos EUA.

Outros médicos levantaram preocupações sobre reações tardias das autoridades contra produtos estéticos, causadores de dor súbita e inchaços desfigurantes, meses depois de terem sido injetados.

Completo aqui