Inovação nos combustíveis com biogasolina feita por bactérias

FEITO INÉDITO NA ÁREA DA BIOTECNOLOGIA

Gasolina viva

580 mg de biogasolina por litro de cultura microbiana in vivo foram produzidas, num feito inédito no campo dos biocombustíveis, por pesquisadores do Instituto KAIST, da Coreia do Sul.

A gasolina tradicional, derivada do petróleo, é uma mistura de hidrocarbonos, aditivos e agentes misturadores.

Os hidrocarbonos, chamados alcanos, são formados apenas por átomos de carbono e hidrogênio, dispostos em moléculas de diversas configurações, que podem ter entre 4 e 12 átomos de carbono.

Bactérias geneticamente modificadas já haviam sido usadas para desenvolver rotas metabólicas para a produção de alcanos de cadeias longas – entre 13 e 17 átomos de carbono – que são adequados para substituir o diesel.

Agora, pela primeira vez, os coreanos conseguiram usar bactérias E. coli para produzir alcanos de cadeias mais curtas – essencialmente uma biogasolina.

A E. coli, também chamada de Escherichia Coli, é um tipo de bactéria muito comum que habita normalmente o intestino humano e o de alguns animais, mas que em alguns casos pode causar infecção, gerando diarreia ou infecção urinária, por exemplo.

Com a descoberta na área energética, o processo poderá ser modificado para produzir outros ítens, como ésteres e álcoois.

“É apenas o começo do trabalho em direção à produção sustentável de gasolina”, informou a instituição de pesquisa, destacando que agora o trabalho se concentrará no aumento do rendimento.

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