Joias e bijuterias com discos velhos de vinil reciclados
Munida apenas de alguns discos velhos de vinil, silhuetas de bichos e instrumentos musicais, além de uma inegável habilidade manual, a inglesinha Cat Davison produziu uma originalíssima coleção de “joias” recicladas, que acabou estourando em revistas e sites especializados em moda fashion de todo o mundo.
A designer, afinal, merece mesmo este reconhecimento. Não só pela criatividade — ao mesmo tempo de uma simplicidade e exuberância impressionantes — como pela nítida qualidade no acabamento de seus broches, brincos e pendentes.
Segundo ela própria, tudo começou a cerca de seis anos quando decidiu ganhar dinheiro se divertindo, enquanto pudesse expressar o seu espírito brincalhão.
Depois de trabalhar com a prata, resina, feltro, fitas, botões, comidinhas de brinquedo e imãs de geladeira, Cat chegou finalmente ao vinil acrílico reciclado para a produção de jóias ambientalmente sustentáveis.
Prometo ficar de olho no trabalho da garota para voltar em breve a esse tema, que é muito legal. E não deixe de clicar nas imagens abaixo para melhor observar as ampliações.
Via Hypemuch
Com essas idéias eu faço até uns apliques de animais marinhos para enfeitar o pequeno “apê” que tenho na praia. Como ele é todo pintado de branco (para “aumentar” o ambiente) e bastante “clean”, vai ficar bem “cool”. rsrsrsrsrs.
Tenho quatro braceletes de vinil liiiindoooos com desenhos tribais imitando tatoo que uma amiga estilista comprou faz uns dois anos numa boutique punk de Londres.
Até agora não ressecou nem ficou quebradiço vai ver porque só uso de vez em quando a noite na balada. Será porque não pega sol nem muito calor?
Quando começaram a ficar foscos e meio arranhados resolvi o problema com um polimento que pedi para fazerem numa relojoaria aqui perto de casa. Foi tão rapido que os caras nem cobraram.
Fora isso, tudo normal até agora.
Estava lendo os comentários de vcs 2 e queria dar um pitaquinho: eu tb uso uma fresadora de mão e controle de velocidade no pedal. Aí eu prendo o pedaço de vinyl já marcado numa morsinha pqna, comprimido entre 2 plaquetas de mdf p/ ñ morder o material. Assim dá + firmeza p/ o manuseio. A aproximação faço c/ um disquinho de corte dentado em média velocidade p/ ñ derreter o material . Depois arremato c/ as limas rotativas, de mão e lixas. Vou tirar umas fotinhas e depois mando p/ vcs verem. Pode?
Mas é claro que sim, Paulinha. Imagina, será um prazer. Obrigado também pelas dicas.
YURI
Oi Yuri,
Muito obrigada por suas explicações, eu trabalho com a microretifica (realmene é uma maquininha versátil) e conheço a produção de jóias com vinil, mas o vinil com o passar dos anos, fica ressecado e quebradiço, como as peças da designer possuem elementos muito finos, pensei na possibilidade de uma técnica mais sofisticada, mas creio que você tenha razão, estamos na era dos dois exremos: altamente tecnológicos e ao mesmo tempo nos voltando para o artesanal apurado! Obrigada por sua atenção e retorno, valeu!
Eu é que agradeço por sua gentileza, Bia.
Desconfio que esse tipo de adorno é concebido para curta duração mesmo, seguindo a atual tendência de se lançar várias coleções anuais. Essa “vida útil” seria apenas para o quê, duas estações no máximo?
Mas de qualquer forma, devido ao seu alerta, vou fazer uma investigação técnica sobre esse problema do ressecamento para uma nova postagem com os resultados. Ficamos combinados assim?
Depois, se for do seu interesse, mande algumas imagens das suas criações para a gente compartilhar com o pessoal, Bia. Quem sabe não aparecem alguns novos clientes e investidores, hein? Boa sorte e sucesso para você.
YURI
Oi Yuri,
Estou impressionada com a perfeição do recorte, você sabe dizer qual a técnica que a designer usa? Será corte a laser?
Se puder me informar agradeço, abraços.
Olá, Bia, tudo bem?
Olha, eu imagino que o corte a laser só se justificaria para a produção numa escala significativa devido, obviamente, aos elevados custos envolvidos nessa operação.
A designer é muito nova. Não sei se já deu tempo de firmar o nome no mercado, para usá-lo como “griffe”. Meu sentimento é que ainda não. Além do mais, como se trata de coleção, deve ter uma “tiragem” limitada. Veja bem, não sei, é só um palpite.
Quando nós produzimos peças nessa categoria aqui em nosso estúdio, é muito mais viável economicamente utilizar as microrretíficas rotativas de mão para os furos e cortes maiores. Os cantinhos são arrematados com estiletes e limas agulha. E, por fim, o polimento completa-se com lixa d’água bem fininha. Fica um espetáculo.
Dê uma olhadinha nos comentários do link abaixo, onde eu já havia dado esta dica antes em resposta a dúvidas de uma visitante. Mas posso te adiantar que a técnica para manusear o vinil e outros acrílicos é bem fácil e divertida de executar. Tem que ter, acima de tudo, rigor e capricho de “primeiro mundo” na cabeça.
https://materiaincognita.com.br/relogios-de-parede-com-discos-de-vinil-reciclados/#comments
Beleza? Qualquer dúvida entre em contato. Um abraço também, tchau.
YURI