A estratégia da velha mídia para levar a eleição ao segundo turno
Os institutos de pesquisa reconhecidamente sérios — como o Sensus e o Vox Populi — avaliam que a eleição presidencial deste ano só não será decidida no primeiro turno, a favor de Dilma Roussef, caso os chamados partidos “nanicos” consigam a proeza de somar 12% do eleitorado. Na tentativa de salvar o seu candidato, José Serra, uma das últimas cartadas da velha mídia partidarizada será apostar todas as fichas para estimular o voto em Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio. A estratégia já está sendo colocada em prática há bastante tempo.
E SE PLÍNIO GANHAR AS ELEIÇÕES?
Por Ricardo Kotscho *
A grande novidade da atual campanha eleitoral é um senhor de 80 anos, o promotor público aposentado Plínio de Arruda Sampaio, que começou na democracia cristã, foi fundador do PT e agora é candidato a presidente por um partido da esquerda nanica, o PSOL, que ganhou seus 15 minutos de fama no debate da TV Bandeirantes da semana passada.
Antes do debate, ninguém falava dele, nem levava a sério a sua candidatura lançada só para “marcar posição”. Apontado por muitos analistas como o grande vencedor do primeiro encontro entre os presidenciáveis, agora Plínio não sai mais da televisão e sua candidatura é tratada no noticiário como se fosse para valer, embora continue marcando traço ou dando picos de 1% nas pesquisas.
Defendendo bandeiras como o calote da dívida, a invasão de terras, a liberação da maconha e do aborto, e a união entre pessoas do mesmo sexo, ele se apresenta como o “candidato do twitter e da juventude”.
Tudo bem, pode até ser apenas uma curiosidade no pitoresco quadro político-partidário brasileiro, mas alguém já se fez a pergunta que realmente interessa, por mais absurda que pareça: e se o Plínio ganhar as eleições?
Vai fazer o quê para governar o país e implantar o seu socialismo radical-chique? Vai fechar o Congresso, colocar as massas do PSOL nas ruas, romper com o mercado e declarar instalada a República Popular do Brasil?
Como é que ele imagina fazer isso, se não tem o apoio sequer da principal e única liderança nacional do seu partido, a vereadora alagoana Heloisa Helena, que apoiou outro candidato a presidente na convenção do PSOL e em seguida rompeu com Plínio?
Com um minuto e um segundo na propaganda da televisão, sem alianças e sem dinheiro em caixa para fazer campanha, a não ser o dele próprio e o do fundo partidário, será que agora Plínio está acreditando que tem mesmo condições de ganhar as eleições e governar o Brasil?
Com todo o respeito à idade e à biografia política do professor e promotor Plínio, será que ele não percebeu ainda que está sendo usado por aqueles que buscam apenas meios de provocar um segundo turno? A quem isso interessa?
Como seria o Brasil de Plínio?
* Direto do Balaio do Kotscho
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Caraca!!!
kkkkkkkkkk…..
É mesmo, é a cara do “velho”, todo enrugadinho.
Muito maneiro!!!
Sensacional! Tudo!
A análise, simples e objetiva, e principalmente a escolha da imagem para ilustrar o post. Perfeito!
O Plinio é mesmo isso aí: uma ROCHA inabalável em suas convicções (honestíssimas, por sinal). Ou seja, não tem maleabilidade política nenhuma.
Mas será que nesses tempos modernos o caminho seria esse, transformar um País de complexidades enormes numa ILHA isolada em nome da Utopia?