Marketing social em cinema ajuda sem-teto contra frio das ruas
SENTINDO O FRIO CORTAR NA PRÓPRIA PELE
Do blog ECOnsciência
Nunca se falou tanto em mendigos no primeiro e velho mundos, com o aprofundamento da crise neoliberal que leva os bancos a tomarem as casas dos pobres endividados.
Nos EUA, um sem-teto honesto virou manchete por devolver um anel de brilhantes à dona. Na Europa, os novos moradores de rua morrem de hipotermia durante o inverno.
Daniel Mustard, que empresta sua interpretação a esta trilha sonora, era, ele próprio, um homeless quando viu sua vida virar de ponta cabeça ao se tornar viral na Internet.
A música Creep é utilizada no registro de uma experiência pioneira da ONG Fiftyfifty, que recriou o ambiente gelado das ruas em salas de cinema da Alemanha para conscientizar o público quanto à amarga situação dos sem-teto.
Sem serem avisadas de que seriam submetidas a uma intervenção de marketing social, as pessoas chegavam ao cinema para ver seu filme e, surpresas, encontravam cobertores em cada poltrona.
O ar condicionado, em vez de esquentar, ia esfriando o ambiente até a sala ficar insuportavelmente fria. Todos se protegiam nos cobertores que, inicialmente, eram desprezados.
O trailer que antecedia o filme era, porém, diferente. Apareciam, ao vivo, depoimentos de moradores de rua falando como é difícil enfrentar aquela situação.
No final, sentindo o drama na própria pele, todos entendiam por que a sala estava tão gelada. E, então, eram incentivados a ajudar.
Um QR Code em cada cobertor, lido pelo celular, permitia uma doação online. A arrecadação foi um sucesso.
Fontes: aqui e aqui