Memória: Quem foi mesmo o poderoso chefão da privataria tucana?
LARANJAS E TESTAS DE FERRO
Tem uma coisa que me incomoda nesse escândalo todo revelado pelo livro A Privataria Tucana. De acordo com as provas documentais do autor das graves denúncias, o repórter Amaury Ribeiro Jr., se a ladroagem foi a maior já ocorrida no Brasil, pelos montantes envolvidos pode-se supor que tenha sido pelo menos uma das mais emblemáticas da história da Humanidade.
Ora, é sabido que na extensa cadeia alimentar tucana, durante o tenebroso período do governo FHC, o José Serra ocupou dois postos importantes: os ministérios do Planejamento e da Saúde. Significa, portanto, que no mafuá daquele ninho havia outras serpentes aladas e bicudas a ocupar postos hierarquicamente tão ou mais estratégicos que o dele.
Era o caso, apenas para citar alguns poucos, do cerebral Sérgio Motta, no ministério das Comunicações; do gomalinado Pedro Malan, na Fazenda; do especulador Armínio Fraga, no comando do Banco Central; e, desnecessário dizer, do todo-poderoso chefão dessa camarilha, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, o príncipe dos sociólogos. Arghhh…
Pois bem, a se considerar os documentos tornados públicos até agora, apenas o José Serra adubou o laranjal formado por parentes e cupinchas com uma montanha enorme de bilhões sem que nenhum dos outros emplumados, com amplo e irrestrito acesso às nevrálgicas informações financeiras e monetárias, percebesse nada de anormal ocorrendo.
Foi isso? Aconteceu desse jeito? Só o Serra se locupletou? Assim, diante da conveniente cegueira e de tanta “incompetência”, só me resta concluir: Ô RAÇA!!! Ou então, me conta outra…
* Com remix de charge de Aroeira