Muros da rede social balançam para depois cair

ASCENSÃO E QUEDA DO IMPÉRIO FACEBOOK

R.I.P. Facebook

O Chefe de Redação

Nada dura para sempre: se a História tem uma lição a nos dar, é essa. Se nem as grandes potências, em sua glória imperial, conseguiram manter a ascendência global por muito tempo, não serão as gigantes tecnológicas da atualidade que terão a capacidade de quebrar a regra.

O Facebook, por exemplo, com seus bilhões de usuários, também virou o foco de muitos comentários excitados. Recentemente, o império de Mark Zuckerberg lançou sua última arma mortífera com o nome atraente de Graph Search (busca gráfica).

O novo instrumento de indexação é apenas um algoritmo que encontra informações na rede de amigos de uma pessoa e complementa os resultados com acertos do mecanismo de buscas Bing, da Microsoft.

Mas ao ler alguns comentários sobre ela você pensaria que Zuckerberg & Cia tivessem inventado uma máquina de movimento perpétuo ou uma passagem sem escalas para o inferno.

“A nova máquina de buscas da rede social tenta construir muros ao redor da internet e manter sua horda dentro dos portões”, escreveu o webmaster de uma respeitada revista online. “É um pesadelo, e provavelmente vai dar certo.”

Na verdade, é a última tentativa do Facebook de se tornar a AOL de hoje. E, afinal, ela vai falhar pelo mesmo motivo que a tentativa da AOL de encurralar os usuários em seu jardim murado falhou: a internet mais ampla é simplesmente diversificada, inovadora e interessante demais.

Mas como o Facebook ocupa um lugar tão grande na consciência do público neste momento, é difícil mantê-lo em perspectiva.

O Facebook não faz nada. Apenas oferece um serviço online que, por enquanto, as pessoas parecem valorizar. Mas para ganhar dinheiro com esses usuários e satisfazer os cidadãos de Wall Street que agora injetam dinheiro no empreendimento, ele precisa se tornar cada vez mais intruso e manipulador.

Em outras palavras, está condenado a um excesso de intrusão. E é por isso que, no final, se tornará uma nota de rodapé na história da internet. Exatamente como a Microsoft, na verdade. Sic transit gloria.

Leia análise completa – Por que os impérios Facebook e Apple estão fadados a cair — na CartaCapital

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