Nem Tarzan escapa à devastação da Amazônia
Do blog ECOnsciência
Parece até fotograma extraído de um take de filme catástrofe: surpreendido pela ausência da floresta, o lendário Tarzan larga o cipó e precipita-se, impotente, no vazio. O solo, coalhado de pontas de troncos calcinados, é agora aplainado por tratores de esteira a fim de receber novo projeto agropecuário ou industrial.
Tão emblemática quanto desoladora, a imagem revela ainda que a destruição da mata nativa corre em ritmo acelerado: no horizonte, colunas de fumaça despejadas por chaminés sobem em direção ao céu carregado de espessas nuvens negras, o que confere maior dramaticidade à cena.
A denúncia no rodapé é mais que reveladora, é chocante: 15 quilômetros quadrados de floresta amazônica desaparecem a cada minuto. Quem se dispuser a fazer algumas continhas simples vai chegar a cifras astronômicas. Multiplique um quadrado de quase 4 mil por 4 mil metros por 60 minutos, depois por 24 horas, por 30 dias, por 12 meses e assim sucessivamente…
O Filho das Selvas e os seus, desta vez, parecem não ter chances de sobrevivência.
Não foi à toa que este wallpaper se transformou num dos maiores hits da internet. Ele é considerado por muitos a mais contundente peça de propaganda contra o desmatamento da Amazônia já realizada pelo Fundo Mundial para a Vida Selvagem e Natureza, ou simplesmente WWF – a enorme e influente organização não-governamental de conservação global.
Quase meio século de lutas ambientais
O World Wide Fund For Nature também é definido pela Wikipédia como uma das mais atuantes e admiradas ONGs ambientalistas do planeta tendo iniciado suas atividades, em 1961, por iniciativa de um grupo de cientistas suíços preocupados com a devastação da natureza.
A partir da sede na Suíça a entidade se tornou uma teia mundial de defesa do meio-ambiente, com representações em mais de 100 países. A rede é apoiada por pessoas de todas as nacionalidades, preocupadas com o mesmo objetivo: garantir a preservação ecológica, o desenvolvimento sustentável e prestar ajuda a toda a população do planeta.
No Brasil, o WWF atua na defesa das mais diferentes causas relacionadas com a natureza. Edita livros, revistas e cartilhas que ensinam a preservar o meio ambiente. Também promove seminários, congressos e campanhas de combate à destruição das florestas, à caça aos animais ameaçados de extinção, à poluição e ao desperdício dos recursos naturais.
Tudo começou com o urso panda chinês
Quando a ONG foi fundada o símbolo escolhido para representá-la foi um panda gigante chamado Chi-Chi, que tinha acabado de chegar ao tradicional zoológico de Londres. A escolha foi inspirada na campanha promovida na China para a preservação do panda. A partir desta idéia o naturalista escocês Gerald Watterson fez alguns rascunhos, mas o desenho aprovado foi feito por Sir Peter Scott, um ornitolólogo inglês.
Este símbolo – conhecidíssimo em todo o mundo – é considerado um legítimo representante das espécies ameaçadas de extinção. Ao longo de cinco décadas evoluiu e ganhou prestígio junto com a organização. Tanto assim que o panda do WWF entra em todas as listas com as 50 logomarcas mais lembradas de forma expontânea pela população mundial.
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É mesmo muito impressionante esse papel de parede. Você diz que é um hit. Só que eu nunca tinha visto. Obrigada por postar.