Nova tinta desaparece com os arranhões na pintura do seu carro
LUZ NA SUPERFÍCIE
Do HotGaragem blog
Uma tinta de carro que, sob a ação de luz ultravioleta, é capaz de voltar momentaneamente ao seu estado líquido, fazendo com que os arranhões do veículo desapareçam como num passe de mágica.
Esse é o projeto que está sendo desenvolvido por um grupo internacional de cientistas da Case Western Reserve University, de Ohio (EUA). O vídeo está em inglês mas assistindo é muito fácil compreender como acontece a restauração da pintura do carro, inclusive metálica.
O produto não é exatamente uma novidade. A fabricante de automóveis Nissan já implementou uma versão, digamos, mais primitiva em duas de suas linhas de carros.
No caso do revestimento da Case que tem polímeros e íons metálicos em sua composição, assim que deixa de receber a luz ultravioleta que o aquece, ele volta a endurecer. Uma outra vantagem é que esse processo não leva mais do que segundos.
Funciona assim: o polímero é de um tipo chamado “metalo-supramolecular”, que basicamente significa que tem átomos do metal nela. Os polímeros são feitos geralmente com uma combinação de carbono, hidrogênio e oxigênio. A característica distintiva é que eles são feitos de unidades repetitivas que constroem grandes moléculas. A borracha natural, por exemplo, é um polímero, como são quase todos os plásticos comuns.
No polímero de auto-cura, os íons metálicos agem como “cola molecular.” Quando expostos à intensa irradiação com luz ultravioleta ficam temporariamente descolados das estruturas montadas. Isso transforma o material originalmente sólido em um líquido que flui facilmente. Quando a luz é desligada, o material remonta e se solidifica, restaurando as suas propriedades originais.
A vantagem, segundo o estudante de graduação Mark Burnworth, que está envolvido no projeto, é a possibilidade de manusear somente uma área específica. Isto é, daria para trabalhar o arranhão de uma parte do carro sem mexer no resto da lataria.
Detalhes do estudo, financiado pelo Exército americano, serão publicados na revista “Nature”.
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