A HORA DAS MULHERES SOBRE DUAS RODAS

Parece que caiu a ficha de designers e fabricantes de veículos elétricos. É nítido que a estratégia de marketing deste nicho já está sendo direcionada para o público feminino.

As mulheres ainda ganham menos que os homens em funções similares, embora a diferença venha caindo. Mas praticamente ocupam o mesmo espaço no mercado de trabalho.

Com o aumento da renda, elas são responsáveis por grande parte do impulso do setor automobilístico. Entretanto, ainda é tímida a participação no segmento das motocicletas.

Mulheres priorizam a segurança, compram por impulso e com emoção. Preferem as cores vibrantes, formas orgânicas e se preocupam com os níveis de poluição sonora e do ar.

Homens, na contramão, metem a mão no bolso engolindo a bílis. Agressividade, performance, roncos e, claro, potência ajudam a demarcar a conquista de espaços pelo predador.

A nova Monocasco foi inicialmente projetada para homenagear uma antiga moto Ossa de competições, da década de 1970. Daí o estiloso design retrô com guidão embutido na carenagem de farol tubular.

O visual volumoso sugere uma potência que a moto elétrica não possui. As linhas lisas, planas e levemente abauladas substituem as tradicionais engrenagens aparentes e o temido escapamento que costuma provocar queimaduras.

O modelo é voltado para o público adepto de um modo de vida ainda visto como glamuroso. Está mais para circular com calma no tráfego urbano e em passeios de final de semana.

São estes os apelos trabalhados pelos profissionais e empresários dos veículos elétricos sobre duas rodas. Pelo que anda chegando cada vez mais rapidamente ao mercado, é também por aí que as mulheres vão olhar para os homens pelo retrovisor.

Na pista do YANKO Design