O dia em que Aécio Neves apareceu para trabalhar no Senado
AÉCIO PEGANDO NO BATENTE
Como é reconhecido por todos, não só pelos inimigos como pelos aliados políticos, o ex-governador, atual senador e presidenciável pelo PSDB em 2014 nas horas vagas, no seu dia-a-dia prefere dedicar-se a paradas outras que fazem a sua fama de playboy.
Não por acaso é chamado em Minas Gerais, onde não costuma aparecer com muita frequência já que seu point preferido é Ipanema, no Rio, onde sempre residiu, de Aócio Never. Deboche dos mineiros que, mesmo assim, caprichosamente votam no neto de Tancredo.
Mas tem um “causo” delicioso sobre esta figura pública de hábitos bastante mundanos que foi contado pelo Luis Nassif:
O tucano quase nunca participa das atividades do Senado. Não comparece a comissões, não apresenta propostas e nem pronuncia discursos.
Uma das poucas vezes que discursou foi quando os correligionários lhe cobraram uma defesa do salário mínimo de R$ 600,00.
Com absoluta falta de vontade – já que significaria levantar a bola de seu adversário José Serra -, Aécio Neves pediu a palavra.
Tinha cinco minutos para falar. Tergiversou por 17 minutos, falando sobre corrupção, aparelhamento e nada do salário mínimo.
Aí o presidente da mesa, José Sarney, alertou-o para o tempo.
Aécio reagiu, enfático, acusando Sarney de tirar-lhe a concentração, de impedi-lo de criticar o governo.
E o macaco velho Sarney, ardiloso, do alto de sua experiência de mais de meio século de política:
– Senador, o senhor tinha 5 minutos, falou até agora 17 minutos e ainda não ouvi a palavra seiscentos…
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