COMO É FABRICADO UM CAPACETE DESSES

17 meses! Quase um ano e meio foi o tempo que o designer gráfico Harrison Krix, radicado em Atlanta, nos EUA, levou para criar, desenvolver e concluir este inacreditável capacete eletrônico que mais parece um feérico letreiro de Las Vegas.

O vídeo é espetacular. Mostra uma sequência alucinante em 749 etapas da construção da peça.

Não, não foi nenhum motociclista que recorreu aos serviços hiper-criativos do Krix, mas um francês chamado Guy-Manuel Homem-Christo, que faz parte da dupla de música eletrônica Daft Punk, junto com seu companheiro Thomas Bangalter.

A principal marca registrada dos caras é o uso de complexos componentes visuais associados a suas performances musicais, como luvas metálicas, máscaras e capacetes equipados com LEDs. Desse jeito, ficam bem parecidos com robôs futuristas.

A ideia de utilizar disfarces cibernéticos para fundir as características dos seres humanos e máquinas surgiu por timidez para se apresentar em público e também devido a uma coincidência meio cabalística que quase acabou em tragédia mas, parece, deixou algumas sequelas psíquicas.

Diz Bangalter: “Não optamos por nos tornarmos robôs. Houve um acidente em nosso estúdio. Estávamos trabalhando em nosso sampler e, exatamente às 9:09hs do dia 9/9/99, ele explodiu. Quando recuperamos a consciência, descobrimos que havíamos nos transformado em robôs”.

Quem deve estar rindo à toa com a transmutação mental dos Daft Punk, seguramente, é o designer. Afinal, não deve ter dinheiro que pague a confecção do capacete mais hightech de todos os tempos.

Quem quiser conhecer todo o trabalho pode visitar o site do felizardo Krix ou espiar as trocentas imagens que ele disponibilizou para compartilhamento no Flickr. É uma viagem… que vale a pena.