Paulo Leminski leva a lua ao cinema em poema infantil

Lua - ilusões de ótica

A LUA FOI AO CINEMA

Paulo Leminski *

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!

* Poema infantil de Paulo Leminski (1944 — 1989) – escritor, poeta, tradutor e professor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *