Poesia: O anjo que morava em mim… despediu-se e foi embora
O ANJO QUE MORAVA EM MIM
por Clóvis Campêlo *
O anjo que morava em mim
despediu-se e foi embora,
pois tudo tem sua hora
e tudo tem o seu fim.
Ainda o vi vacilante
dobrando a primeira esquina,
montado por sobre a crina
do cavalo rocinante.
Levantava altaneira
a espada da justiça,
a qual cortava linguiça
nos dias que ia à feira.
O anjo que morava em mim,
com toda a sua utopia,
foi tristeza e alegria,
histórias de folhetim.
Fez revoluções inúteis,
construiu muitas quimeras,
transformou gato em panteras;
em verdades, coisas fúteis.
Deixou-me aliviado
de tanta melancolia
pois só esperava o dia
de curtir os meus pecados.
* O pernambucano é Clóvis Campêlo é poeta, pesquisador e fotógrafo
No Vermelho, com remix de wallpaper do DeviantArt (clique para ampliar)
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Agradeço pela publicação do meu texto. Abraços
Nós é que nos sentimos honrados com o privilégio de contar com o seu talento nesta página. Sucesso!
Para os amigos, fica a sugestão de visita: http://cloviscampelo.blogspot.com/