Por malcriação no Facebook, pai fuzila laptop da filha adolescente
UM DIA DE FÚRIA
Coisas da cultura faroeste estadunidense, que ainda nos dias de hoje resolve seu problemas, mesmo as pequenas querelas educacionais em família, na bala:
Desapontado ao descobrir que sua filha Hannah, de 15 anos, fez injustas reclamações sobre seus pais e madrasta no Facebook, um pai norte-americano não teve dúvidas: sentou o dedo no laptop da menina com nove tiros da sua pistola calibre 45.
E o pistoleiro, que se define como um caubói, não usou projéteis comuns não, mas nove balas daquelas que explodem no impacto. Tudo documentado num vídeo endereçado à filha e publicado no YouTube.
Cansada de ser “explorada” pelos pais com tarefas domésticas, Hannah postou no Facebook um protesto público, desrespeitoso e cheio de palavrões, a respeito do “trabalho escravo” a que os pais a obrigam diariamente.
A adolescente teve ainda o cuidado de bloquear o pai, a mãe e a madrasta para que não lessem a mensagem. A família vive em Albemarle, na Carolina do Norte.
Só que Tommy Jordan é diretor da empresa de TI Twisted Networx, e, enquanto gastava cerca de meio dia e US$ 130 para fazer um upgrade no notebook da filha, descobriu a mensagem. Sua reação, como castigo à filha, foi destruir o laptop dela a tiros.
Ele explicou que Hanna já havia feito isso antes, ficou três meses de castigo e, pelo visto, não entendeu o recado.
O pai ainda conta no vídeo, postado na última quinta-feira, que os “trabalhos forçados” a que Hanna é submetida são apenas fazer sua cama de manhã, ir à escola e lavar sua própria roupa, entre outra tarefas menores.
E não contente em deixá-la de castigo (“até arranjar um emprego e sair de casa”, segundo ele), o irritado pai filmou todo o “tiro ao notebook”.
O vídeo foi postado no YouTube (aqui) e no perfil do Facebook de Jordan (aqui), e — fora uma minoria discordante — teve o apoio maciço de pais e filhos por toda a internet em terras do Tio Sam. O vídeo teve centenas de video-respostas, que podem ser conferidos nos links citados.
O pai ainda arremata com um “você não precisa mais se preocupar com um notebook novo, ou uma máquina fotográfica nova, ou um celular novo, porque você realmente não vai usar nenhum deles – até, provavelmente, a faculdade”. E que, se ela reclama das tarefas, a vida dela agora vai ser realmente dura.
“Você não vai ver isso porque não tem computador. Mas eu vou postar este vídeo no seu mural do Facebook, para os seus amigos verem”, diz ele à filha.
E, depois dos tiros, finaliza: “Daqui a alguns anos, quando você não estiver mais de castigo, talvez você tenha um laptop novo. Mas seu próximo computador quem vai comprar é você. Isso depois de pagar os US$ 130 que me deve”.
A ironia disso tudo? São muitas — armas, violência, beligerância, família, Facebook, educação, cultura, criação dos filhos, senso de justiça, certo e errado – e vai por aí afora…
Com Terra