Quimioterapia para combater câncer pode estar com dias contados
TESTES COM O TRATAMENTO DA LEUCEMIA
Cientistas esperam obter até o fim do ano o primeiro medicamento a ser inserido direta e exclusivamente nas células cancerosas. Poderá se transformar no tão almejado substituto da quimioterapia.
Este, com toda a certeza, será um importante passo rumo à realização do sonho de muitas gerações de médicos, isto é, uma terapia seletiva que elimine as células doentes sem afetar as células sadias.
Os trabalhos são realizados em dois locais – no Instituto Físico-Técnico de Moscou, na Rússia, que tem desenvolvido ativamente nos últimos anos as ciências biológicas, em parceria com o Instituto Scripps, situado em San Diego, estado norte-americano da Califórnia.
As pesquisas serão iniciadas com as doenças malignas do sangue, em que o papel de células cancerosas é desempenhado por glóbulos sanguíneos brancos, os leucócitos, incluindo as células “B”, que absorvem certas espécies de polissacarídeos.
De acordo com os autores do projeto, o tratamento da leucemia terá o seguinte aspecto: “glóbulos” de polissacarídeos e do medicamento são introduzidos no sangue, os leucócitos reconhecem-nos, enquanto que as demais células sanguíneas “encaram-nos” com indiferença.
A grande vantagem deste novo método é que o tratamento passará a ser muito mais humano do que a quimioterapia moderna, que afeta indistintamente todas as espécies de células.
Uma vez que as células cancerosas são muito mais “ávidas”, elas absorvem mais substâncias (neste caso, o medicamento) e morrem. Espera-se que os testes em pacientes se iniciem já no próximo ano.
Com Voz da Rússia