Refrigerante Diet e Zero aumenta risco de desenvolver diabetes
A BOMBA DE EFEITO NEM TÃO RETARDADO
Do blog ECOnsciência
Não é preciso ser dono de rede de supermercados para saber que as mulheres levam para casa muito mais refrigerantes do que os homens. Basta ver o que um e outro optam por colocar nos carrinhos de compras ou observar os hábitos de consumo de ambos em casa, nos bares e nos restaurantes.
Não foi por outro motivo que pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França decidiram medir o impacto da ingestão de refrigerantes sobre o organismo de 66 mil mulheres.
E o que eles descobriram? Que consumir bebidas gaseificadas ou adoçadas artificialmente, como diets ou zero açúcar, aumenta em 60% as chances de ter diabetes comparado com as versões tradicionais.
O efeito foi ainda maior em pessoas que bebiam mais do que 2,8 copos de refrigerantes com adoçante por semana.
NÍVEIS DE INSULINA
As versões tradicionais já foram associadas com um maior risco de acúmulo de gordura e desenvolvimento de diabetes, mas pouco se sabia sobre os homólogos adoçados artificialmente, muitas vezes atribuídos na imprensa ou através de publicidade como um substituto saudável.
Estudos anteriores já haviam mostrado que o aspartame – um dos adoçantes mais usados pelas indústrias em todo o mundo pelo seu baixo valor – se comporta de muito semelhante à glicose em nosso sangue, aumentando os níveis de insulina.
A Organização Mundial de Saúde afirma que 347 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz mais insulina suficiente para controlar a glicose ou quando o corpo não consegue usá-la com eficiência.
Ao longo do tempo, a doença pode danificar o coração, vasos sanguíneos, olhos, rins e até os nervos – aumentando o risco de doenças cardíacas, insuficiência renal, acidente vascular cerebral e até cegueira.
O LUCROS DA COCA
O diabetes exerce impacto mais grave sobre o coração das mulheres que dos homens. Enquanto o risco de ter uma doença cardiovascular dobra no homem diabético, na mulher diabética ele aumenta de quatro a sete vezes.
A resistência à insulina também tem a ver com a gordura abdominal acumulada na menopausa.
O açúcar, quando em excesso no sangue, agride a parede dos vasos. Ele também tende a se ligar ao LDL (colesterol ruim), acelerando a formação de placas. Se o estrago se der nos vasos dos rins, a consequência é um quadro de hipertensão.
Então, para deixar todo mundo mais nervoso, o lucro líquido da The Coca-Cola Company cresceu 13% no quarto trimestre de 2012, ante o mesmo período do ano anterior, para US$ 1,87 bilhão.
E aonde foi registrado o melhor desempenho da empresa? Na América Latina, onde a empresa faturou US$ 1,27 bilhão, com crescimento de 8%. Naturalmente puxado pelo Brasil, a locomotiva da região…
Também, tem gente que quer explodir mesmo: o consumo excessivo de Coca-Cola “contribuiu” (segundo a BBC, sempre pegando leve) para a morte de uma mulher de 30 anos que sofreu um ataque cardíaco na Nova Zelândia.
Natasha Harris bebia nada menos que de 6 a 10 LITROS (Caraca!!!) do refrigerante por dia – quantidade que é duas vezes acima do limite recomendado para a ingestão diária de cafeína por um indivíduo adulto.
Quer dizer que até 5 LITROS/dia tudo bem? Fala sério!
Saiu hoje: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/02/130212_coca_cola.shtml