Risco de tsunami no litoral do Nordeste não passou de boato
MOVIMENTO LATERAL DAS PLACAS TECTÔNICAS
Do blog ECOnsciência
O perigo de ocorrência de um tsunami na costa brasileira teria sido real caso o terremoto próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha fosse superior a 7 pontos — ou 10 vezes maior que os 6 graus na escala Richter registrados neste domingo, 15, no meio do oceano Atlântico.
Além disto o abalo somente traria riscos concretos desde que a placa tectônica sul-americana tivesse sido abruptamente empurrada para baixo da placa africana. Só que no meio do oceano Atlântico ocorre exatamente o contrário.
“As placas da América do Sul e da África estão se separando. Então, as chances de tsunami são remotas”, explicou o professor George Sand França, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
De acordo com França, a região do abalo é marcada por dois tipos de movimentos sismológicos: a separação dos continentes e o deslocamento paralelo das placas. “O terremoto de hoje foi provocado por esse movimento paralelo. É como se uma placa tivesse raspado na outra, sem consequências mais sérias”.
O tremor de terra de 6 graus na escala Richter foi registrado a 878 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha com epicentro a 10 km abaixo do fundo do mar. A profundidade da água chega a 4 mil metros na região.
Segundo o Centro Nacional de Informações sobre Terremotos, nos Estados Unidos, o abalo ocorreu às 10h08 (horário de Brasília) a 415 quilômetros do arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 1.276 quilômetros de Natal (RN).
Os bombeiros de Fernando de Noronha (PE) também afirmaram não ter registro de que o tremor tivesse sido sentido ou causado algum dano no local. Segundo eles, o dia de hoje foi normal como outro qualquer. Apenas em Natal, capital do Rio Grande do Norte, houve uma onda de boatos, logo desmentidos.
Das agências noticiosas
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Planeta parece um chocalho. Muito esquisito tudo isso. De tarde trepidou do lado oposto, na Papua-Guiné, Oceano Pacífico. 6,5 cravados na tabelinha oficial.