Sugestão de passeio inesquecível em Cabo Frio durante o feriado
A Cachaça da Happy Hour (em 02/09/2009)
Feriadão vem chegando e o pessoal começa a fazer planos de viagem. Já se sabe que a Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, como sempre, vai bombar.
Eu tenho uma dica de um dos melhores passeios que há para se fazer em Cabo Frio: esticar uma longa caminhada da praia das Conchas até o final do Peró.
Não se trata de andadinha qualquer não. São mais de 15 quilômetros de ida e volta – 600 metros das Conchas e cerca de 7 km da praia do Peró.
O ponto alto é a chegada ao Pontal, que pouca gente conhece, já pertinho de Búzios. Dali se tem uma visão espetacular do Peró, das montanhas do Arraial do Cabo e algumas ilhas.
O ponto de partida e de chegada é o quiosque da Vera, na extremidade sul das Conchas. É o Delírio Tropical, aquele barzinho aconchegante onde se ouve um ótimo blues e rock.
O percurso de ida é o mais puxado com o vento nordeste forçando contra. Nos trechos de areia fofa o esforço costuma ser pesado. O retorno, ao contrário, é bem mais suave, com a ajuda do vento a favor.
A jornada deve começar no máximo às 07:00 horas, já que a maré baixa deixa uma longa faixa de areia batida como pista. Como o tempo médio do passeio é de pouco mais de 3 horas a outra vantagem é não enfrentar o sol a pino.
Passando do trecho central do Peró, a partir dali não há mais praticamente qualquer contato com a civilização, apenas um pequeno “oásis” com 3 ou 4 barracões bem rústicos que funcionam como bares. Mulheres devem evitar fazer o percurso inóspito desacompanhadas, por medida óbvia de segurança, nem carregar valores ou equipamentos que chamem a atenção.
À medida que se avança, a paisagem começa lentamente a incorporar novos elementos, vivos e visuais. E algumas surpresas bem agradáveis.
Dependendo das condições do mar a areia sai do amarelo e torna-se mais avermelhada. Bandos de gaivotas descansam de sua pescaria, sempre atentas. Há colônias imensas de tatuís. Pequenas cobras rastejam entre milhões de carangueijos. Conchas, caramujos e estrelas do mar de todos os tipos e tamanhos adornam a areia.
Pra onde quer que se vire a amplidão é absoluta. São 180 graus de céu aberto o que faz a cabeça ir longe na viagem. O ruído do mar e do vento provocam uma espécie de transe e se perde a noção do tempo. Ali você se sente mesmo parte integrante da natureza.
Todas a vezes que vou a Cabo Frio faço esta caminhada. Nas últimas férias encarei mais de 15 vezes o percurso, ou seja, cerca de 250 quilômetros. Depois da primeira ida ninguém consegue mais evitar novas doses de tanto oxigênio.
Este é o vício – do bem – que eu não quero perder nunca. Até porque, como vantagem adicional, a gente fica super firme e em forma.
* * *
A Praia passou por reformas há cerca de uns 10 anos, os quiosques foram padronizados , deixando a Praia do Peró mais visível e limpa. Os comerciantes conquistaram a simpatia dos banhistas, pois oferecem graciosamente as mesas e cadeiras, sob a sombra de guarda-sóis. Auxiliam, também, na limpeza da praia.
É importante que todos recolham o micro-lixo : palitos de picolé, guimbas de cigarro, canudinhos plásticos, e outros. Esse tipo de resíduo é levado pelas ondas, e maré, para o oceano e causa a morte de tartarugas e outros peixes, quando da sua ingestão .
Newton Almeida MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO
http://limpezariomeriti.blogspot.com
Ô seu Breno, não invente moda não, meu camarada… A barra praqueles lados ali é pesada. Antigamente não era… mas agora é ruim, hem. Tem que tomar cuidado ate pra fazer o contorno pelas pedras pra chegar na prainha que tem mais adiante. Mulher… nem pensar. Como disse a Nivea, tem muito perigo malocado por ali. Quem é da terra conhece umas historias cabeludas… Melhor se manter em terreno aberto que aí é limpeza.Abs
Repare bem, Breno, que esta é uma foto feita a uma boa altitude. O ângulo ilude também, as distâncias são grandes. Existem, sim, trilhas que conduzem até Búzios por uma região de mato e morros.
Desnecessário lembrar que há certos “perigos” escondidos pelo caminho, inclusive os rastejantes. Portanto, só arrisque se estiver em grupo e muito bem aparelhado. Mas veja, a idéia do post não é essa. Não há necessidade de radicalizar tanto, viu?
Até que olhando pela foto do meio dá pra andar mais um cadinho e chegar em Buzios, ne não? Ai a aventura fica completa. Eu ja tinha ouvido que era possivel fazer isso. Ja tentou?
Ô menino, vê se larga de ser preguiçoso, será possível? Pois a graça do programa está justamente no conjunto da obra, que é o que se vê no caminho. Assim você tem dois pontos de vista, o da ida e o da volta, que são completamente distintos.
Outra coisa, Caio: você pode ir treinando. No primeiro dia vai até a metade, nos barracões. Depois estica mais um pouco e assim por diante. Te garanto que na terceira ou quarta tentativa você estará bastante adaptado para cobrir todo o percurso sem maiores dificuldades. ‘Tendeu?
aeh nivea. tem estrada pra chega lah naum? 15 km eh muito chao. naum sei se guento anda tanto. abs. caio
Bem lembrado, Pri. Tem algumas coisas para não esquecer de levar: uma garrafinha d’água, um biscoitinho, analgésico, band-aid, protetor solar, óculos escuros, boné e camiseta. É que não tem nada lá em cima, nem sombra, nem viv’alma. Se der uma dor de cabeça ou um corte no pé tem que considerar o isolamento.
Ah, tão gratificante quanto atingir o Pontal é relaxar na volta, na sombra e água fresca do quiosque da Verinha. Mas com moderação, claro, para não ganhar em dobro o que se perde depois de tanta andação. Rsrsrs.
Eu sou tão apaixonada por este lugar que voltarei a comentar mais e publicar outras fotos. Em breve, prometo.
Anotado. Vou ver se aguento a trilha. Imagino a maravilha que deve ser, Nivia.
Mas o melhor mesmo deve ser a chegada, na volta, hein? Cansadinha, ardida de sol, morrendo de sede e fome, manda baixar uns pasteizinhos de camarão, umas latinhas…
E ainda um blues no ar, de frente praquele mar azul turquesa? Afffmaria… Fui!