Teia de filamentos conecta as galáxias em uma rede cósmica

ENERGIA MANTÉM UNIVERSO EM SUSPENSÃO

Rede Cósmica

Astrônomos acreditam ter capturado a primeira imagem das estruturas filamentosas de grande escala que se acredita preencherem o espaço.

Os cosmólogos calculam que a matéria no espaço intergaláctico está distribuída em uma vasta rede de estruturas filamentosas interligadas.

Essa estrutura, formada essencialmente por gás rarefeito, passou a ser conhecida como teia cósmica, e existem diversas simulações computacionais que tentam ilustrá-la.

A grande maioria dos átomos existentes no Universo está nessa rede cósmica, incluindo o hidrogênio primordial, a matéria que teria “sobrado” do Big Bang e que não se aglutinou para formar estrelas, planetas e outros corpos celestes.

Agora, astrônomos da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, nos EUA, e do Instituto Max Planck, na Alemanha, capturaram uma imagem de uma estrutura filamentosa desse tipo pela primeira vez.

Teia Cósmica

Para isso, eles usaram a intensa radiação gerada por um buraco negro do tipo quasar – por estranho que pareça, eles puderam ver a teia cósmica porque ela foi “iluminada por um buraco negro”.

Na verdade, o gás brilha sob ação da radiação emitida pelo quasar, o mesmo efeito que faz as lâmpadas fluorescentes acenderem.

A porção observada da teia cósmica tem um tamanho de cerca de 10 milhões de anos-luz, e está nas proximidades do quasar UM-287.

Até hoje esses filamentos nunca tinham sido vistos. O gás intergaláctico, embora difuso, “fornece uma visão fantástica para a estrutura global do nosso universo”, disseram astrônomos envolvidos no estudo.

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